Criação de memorial às vítimas do césio-137 recebe emenda em Plenário
Em 13 de setembro de 1987, a partir do desmanche irregular de um aparelho de radioterapia abandonado, Goiânia foi palco do maior acidente radiológico da história. O episódio mobilizou uma força tarefa internacional para conter os efeitos da radiação liberada pelo césio-137, que contaminou mais de seis mil pessoas. Para que a tragédia não caia em esquecimento, o deputado Karlos Cabral (PSB) sugere, com o projeto nº 3642/24, criar um memorial às vítimas. A matéria recebeu emenda, em Plenário, nesta quarta-feira, 7, da deputada Bia de Lima (PT). Agora, ela retorna à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), para nova análise dos pares.
O processo propõe a construção de um monumento memorial em forma de obelisco a ser instalado em Goiânia, preferencialmente em áreas de grande circulação, na Praça do Trabalhador ou no Setor Aeroporto (bairro do acidente).
Na justificativa da propositura, Cabral explica que a ideia é simbolizar todas as vítimas a partir de um marco geográfico. “O obelisco pode ser construído com recursos próprios do Estado, pois é algo que não demanda requintes da engenharia. A sua arquitetura clássica é usada tanto como marco comemorativo, a exemplo do obelisco de Paris, quanto como honra memorial, conforme ocorre no obelisco do Ibirapuera em São Paulo", argumenta.
O deputado requer, também, que um marco histórico seja instituído no dia 13 de setembro, para que, na data, sejam anualmente prestadas honras cívicas e militares perante o monumento. Prevê-se a participação de representantes dos três Poderes, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.
Leia aqui matéria especial sobre o césio-137.