Plenária tem discursos sobre eleições, contratos e projeto da Casa
A sessão ordinária no plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), nesta terça-feira, 27, foi marcada por manifestações dos parlamentares na tribuna. Foram abordados temas relacionados à administração municipal, a investigações, à educação e a projeto desenvolvido pelo Parlamento para aproximar a sociedade da Casa de Leis.
Primeiro a discursar no Pequeno Expediente, Paulo Cezar Martins (PL) relembrou um pouco da história política de Quirinópolis (distante 290 quilômetros a Sudoeste de Goiânia), além de opinar sobre a situação atual do município, onde o deputado tem a sua base eleitoral.
Martins afirmou que a falta de planejamento e de ação têm sido um problema recorrente em várias gestões municipais ao longo dos últimos anos. Ele destacou, por exemplo, que a falta de água, um problema antigo no município, ainda se encontra sem solução. “O atendimento nas unidades de saúde é precário, não há medicamentos, a educação está sucateada, o asfalto é de péssima qualidade. A sociedade está à mercê da situação precária na política de Quirinópolis”, lamentou.
Amauri Ribeiro (UB), a seu turno, criticou o atual Governo Federal e acusou a esquerda de “querer mudar até mesmo o Hino Nacional”, mencionando mudança de pronome para inclusão de linguagem neutra no canto do hino em comício do candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol).
Gustavo Sebba (PSDB) voltou a fazer cobranças quanto à situação dos contratos da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Ele diz ter requerido que a Procuradoria da Assembleia Legislativa acompanhe processo no Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas que trata de superfaturamento de organização social de saúde (OSS), que presta serviço para o Estado de Goiás. Sebba afirmou ter também enviado expediente à SES pedindo esclarecimentos. A OSS em questão, complementou, responde por superfaturamento de mais de R$ 4 milhões.
O parlamentar também criticou os meses de atrasos em pagamentos de profissionais da saúde e questionou a construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), no valor de R$ 2,39 bilhões, sem processo licitatório.
Na sua ida ao púlpito, Bia de Lima (PT) pôs em destaque o ataque a professores no exercício da profissão, “ficando temerosos de desenvolver um conteúdo”. Cabe aos docentes, salientou, expor aos alunos perspectivas diversas sobre a realidade.
A deputada também questionou o fechamento de escolas com turnos noturnos, mencionando caso recente em Aparecida de Goiânia. Segundo ela, os fechamentos serviriam para aumentar a pontuação goiana no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ranking divulgado recentemente e liderado, nacionalmente, por Goiás. “Não quero aqui ter que dizer que [o primeiro lugar no ranking] foi em decorrência do fechamento de mais de 15 mil vagas do ensino regular noturno”, afirmou.
Ricardo Quirino (Republicanos) falou da importância da aquisição de habilidades digitais pela população de 60 anos ou mais e conclamou os candidatos a prefeitos nas eleições deste ano a apresentarem propostas para os idosos. O deputado também agradeceu a visita à Alego da Escola Maria Montessori, da Apae Anápolis.
Major Araújo (PL) usou a tribuna para criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a partir de relatos do ex-assessor do ministro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro. "Moraes", disse o parlamentar, “organizou e premeditou o cometimento de crimes e praticou todos com dolo”. Assim, afirmou, foram violados direitos e garantias individuais como a liberdade de expressão dos manifestantes de 8 de janeiro. Ele cobrou atitudes do Congresso Nacional a respeito.
Coronel Adailton (Solidariedade), último a discursar, pediu divulgação do Programa Visita Cidadã, iniciativa da Escola do Legislativo que promove visitas guiadas à sede do Parlamento, às terças, quartas e quintas-feiras, das 10 horas às 11h30 e das 14h30 às 16 horas. O deputado também agradeceu, como fizera Quirino, a visita da escola da Apae Anápolis. “A Apae é uma instituição de referência no Brasil, faz um trabalho magistral para melhorar a vida das pessoas com deficiência”, disse, ressaltando que a semana corrente é a de celebração das pessoas com deficiência intelectual e múltipla.
O Plenário da Alego reúne-se novamente em sessão ordinária nesta quarta-feira, 28, a partir das 15 horas.