Desde 1876, em Catalão, a primeira quinzena de outubro é marcada pela Festa em Louvor à Nossa Senhora do Rosário. A celebração atrai milhares de fiéis e turistas, além de movimentar o comércio e valorizar a cultura da cidade. Para oficializar a importância do evento, Jamil Calife (Progressistas) sugere declará-lo como patrimônio cultural e imaterial goiano e incluí-lo no Calendário Cívico, Cultural e Turístico do Estado. A matéria, de nº 11443/24, foi aprovada em primeira votação, nesta segunda-feira, 18, em sessão ordinária, com 22 votos favoráveis. 

A Festa do Rosário foi criada por descendentes de pessoas escravizadas que, para homenagear a santa, praticam rituais de dança, canto e música com instrumentos de percussão. A confecção dos objetos, feita pelos membros dos 21 ternos (grupos) das congadas, envolve saberes tradicionais. Ocorrem também missas, procissões e novenas, além de uma feira nas proximidades do Largo do Rosário, área nobre do município.

“A festa centraliza o sagrado e o profano, o uso e a troca, a cultura e o comércio. É uma manifestação que transforma a cidade, ocupando ruas e estabelecendo relações entre os lugares e a população”, explica Calife, autor da matéria.