Durante as discussões da proposição nº 26726/24, constante da Ordem do Dia desta quarta-feira, 11, Mauro Rubem (PT) interpelou as falas de Amauri Ribeiro (UB) que se pronunciou previamente. O deputado petista questionou a isenção, apregoada pelo deputado do UB, ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Rubem argumentou, entre outros pontos, que o ex-presidente se utilizou da estrutura estatal para planejar a tentativa de golpe institucional e defendeu as investigações policiais em curso.

“As pessoas se acostumam tanto a mentir, fazer recortes, a falar o que quer, que já não sabem mais o que é real e o que é mentira”, argumentou. Rubem afirmou que esse posicionamento trata-se de uma estratégia para crescimento de redes sociais e divulgação de mentiras.

Ao relatar o inquérito da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado, o deputado petista mencionou o envolvimento de militares, maioria entre os acusados. “É uma tristeza ver as Forças Armadas, que deveriam defender a população, tramando, traindo, rasgando o que está na Constituição para fazer golpe porque perderam a eleição”, afirmou.

Por fim, Mauro Rubem lembrou que a atual etapa da investigação envolve o “bloco principal, daqueles que estavam no Palácio [da Alvorada]”. Entretanto, afirmou o parlamentar, outros financiadores e colaboradores ainda serão investigados. “Todos eles vão responder na Justiça. [...] É um acerto de contas com aqueles que romperam com a democracia, que sabotam o País. Lugar de golpista é na cadeia”, encerrou.