Durante o Pequeno Expediente desta quarta-feira, 18, Gustavo Sebba (PSDB) trouxe ao Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) questionamentos quanto aos altos custos de um processo licitatório a ser realizado pela Companhia Saneamento de Goiás S/A (Saneago). Sebba afirmou que a contratação de uma plataforma de gestão dos portfólios de projetos de obras, objeto da licitação, custará dezenas de milhões de reais aos cofres públicos, caso seja realizada.

“A Saneago já contratou e já implantou uma solução para essa finalidade há muito tempo”, argumentou. O parlamentar questionou a ausência de justificativas em relação aos objetivos da contratação na documentação do certame, uma vez que tal implantação já teria sido realizada em contrato de prestação de serviços em 2021, via pregão eletrônico em 2020.

Sebba apontou, ainda, aportes na ordem de R$60 milhões para o Projeto Start. “Isso já funciona e funciona bem”, afirmou.

De acordo com o deputado, a Diretoria de Expansão da companhia atende orientações de “um vendedor, que é amigo deles”. Gustavo Sebba afirmou também que a solução escolhida foi sem critérios técnicos devido à falta de planejamento por parte da Saneago.

“Diferente da solução que eles [diretores] querem implantar, a que já é contratada, a solução já adquirida, não traz nenhum custo à empresa. Funciona totalmente integrada às soluções logísticas e financeiras da empresa”, defendeu.

Ao questionar, por fim, os custos, o tempo e o retrabalho para implementação de um novo sistema da empresa que gere o saneamento goiano, Sebba afirmou tratar-se de “uma logística, uma conta que não fecha”.

“Lá, [na diretoria da Saneago], quem questiona é demitido, é perseguido”, denunciou o parlamentar. “Precisamos, não só investigar isso, como dar satisfação aos goianos. [..] Vamos tomar providências cabíveis, inclusive judiciais, contra essas medidas”, encerrou.