Amauri Ribeiro questiona silêncio do PT sobre decisão de Moraes que beneficia Brazão
Na sessão ordinária desta segunda-feira, 14, o deputado Amauri Ribeiro (UB) foi o primeiro a utilizar a Ordem do Dia para se opor à ausência de posicionamento dos parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) em relação à recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de conceder prisão domiciliar a Chiquinho Brazão, um dos acusados de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Na última sexta-feira, 11, Moraes autorizou que o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) deixe a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde está em prisão preventiva, e cumpra prisão domiciliar. A medida foi tomada após um pedido da defesa do parlamentar.
Chiquinho Brazão é acusado de ser mandante do assassinato da vereadora e do seu motorista, mortos em uma emboscada no Rio de Janeiro, em 2018. O crime, que teve grande repercussão nacional e internacional, segue sendo investigado por autoridades federais.
Amauri Ribeiro apontou que, diante da gravidade do caso e da relevância do crime, esperava uma manifestação firme dos deputados do PT sobre a decisão judicial. “É inadmissível que um acusado de mandar matar uma vereadora eleita possa ir para casa. O silêncio de alguns partidos, especialmente o PT, é vergonhoso diante de uma decisão como essa”, declarou.
O deputado ainda reforçou descontentamento com o que chamou de tratamento desigual no cenário político e judiciário. “Enquanto isso, a gente pede anistia para pessoas que não mataram ninguém, não roubaram ninguém, aí é crime, aí não pode. É um absurdo. Vocês usam dois pesos e duas medidas”, declarou.