Durante pronunciamento no Pequeno Expediente, da sessão ordinária desta terça-feira, 15, a deputada Bia de Lima (PT) fez um apelo ao Governo de Goiás pela valorização dos técnicos administrativos da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e da rede estadual de educação. A parlamentar relatou reunião ocorrida com o secretário estadual de Administração, Alan Tavares, na qual tratou da necessidade de implementação de um plano de carreira para esses profissionais.

Bia destacou que as demandas são antigas e que os servidores vêm sendo negligenciados, mesmo diante das promessas anteriores do governo. “Em janeiro deste ano, estivemos cobrando que o estado, assim como prometeu outrora, valorize os técnicos administrativos da educação”, afirmou. Segundo ela, mesmo após meses, não houve qualquer avanço concreto: “Infelizmente, até agora, nada, absolutamente nada”.

Durante o discurso, Lima criticou o tratamento desigual dado aos profissionais da educação, especialmente àqueles que desempenham funções administrativas. “Pessoas que estão há anos trabalhando, que estudaram, têm graduação, pós-graduação, e infelizmente continuam ganhando salários irrisórios”, ressaltou. Ela também denunciou as más condições enfrentadas por esses trabalhadores, como a sobrecarga de tarefas, adoecimento físico e mental e a dificuldade de se aposentar com dignidade. “Muitos não vão se aposentar porque, se forem, passam fome”, afirmou.

A parlamentar apontou ainda a contradição entre o discurso do governo e a realidade enfrentada pelos servidores: “Se os cofres estão abarrotados, como o governo diz, por que a desculpa continua sendo de que não há margem para atender às reivindicações? Nunca ouvi nenhum secretário dizer que agora era a hora de valorizar os servidores públicos”.

Bia de Lima também fez referência à sessão solene realizada pela manhã na Assembleia Legislativa, em comemoração aos 26 anos da UEG, para reforçar a importância da universidade e a urgência da valorização dos técnicos que ali atuam. “Nesses 26 anos, até hoje, os técnicos administrativos não têm plano de carreira. É papel desta Casa e da Comissão de Educação cobrarem a tão sonhada valorização”, declarou.

Encerrando seu discurso, a deputada reafirmou seu compromisso com a pauta da educação e garantiu que seguirá na luta por justiça aos profissionais da área. “Continuemos lutando. Não descansaremos até termos êxito nessa pauta que infelizmente o governo fecha os olhos. E nós precisamos de respostas. E respostas urgentes, porque muita gente está praticamente tendo que pagar para trabalhar”, finalizou.