A responsável técnica pelo Centro de Reabilitação e Aprendizagem Psicológica (Crap), Nadimara Azzolini, falou sobre os avanços exponenciais das crianças atípicas após o início das terapias. Ela ressaltou a surpresa da clínica ao tomar conhecimento do descredenciamento e relatou que não houve justificativa por parte do Plano de Saúde Unimed.

“Eu me surpreendo com esse descredenciamento, pois digo a todos que podem nos auditar. Pela questão financeira, sabemos que não é lucrativo manter uma clínica credenciada. No entanto, quando vemos uma mãe que luta por seu filho, muitas delas doentes e sem saúde mental, lutam para que tenhamos um futuro melhor. Só queremos continuar fazendo aquilo que já tem dado certo e, como instituição, faremos nossa parte para dar sequência a esses tratamentos, pois temos certeza do nosso comprometimento com o resultado”, disse.

Isabela Mendes é coordenadora terapêutica do Instituto Amplitude e reiterou a fala de sua colega. Ela apontou que a entidade não nasceu motivada por questões financeiras, mas da missão de ajudar as crianças atípicas e suas mães. Destacou, ainda, que a clínica e os tratamento são guiados pelo embasamento científico, com espaços humanizados, salas climatizadas, abertas, promovendo a dignidade no procedimento terapêutico diário.

“A possibilidade do descredenciamento nos toca profundamente. Mais do que uma relação contratual, o que está em jogo é o progresso de crianças neurodiversas. A Clínica Amplitude foi criada para ser um porto seguro de famílias que buscam apoio e compreensão. Ali, cada criança é tratada com respeito e individualidade. Sabemos que decisões administrativas são necessárias, mas sabemos que elas podem e devem considerar o impacto humano. Romper esse vínculo é colocar em risco o espaço onde essas crianças se sentem seguras, cuidadas e confiantes. Em nome dos pais e da ciência, seguiremos acreditando no diálogo”, encerrou.