Durante a apreciação da Ordem do Dia da sessão deliberativa ordinária híbrida realizada na manhã desta quarta-feira, 18, no Plenário Iris Rezende Machado do Palácio Maguito Vilela, o deputado Clécio Alves (Republicanos) utilizou a tribuna para reafirmar sua posição contrária ao projeto que trata da prorrogação da calamidade financeira pela Prefeitura de Goiânia. O parlamentar reiterou críticas à gestão municipal e ao prefeito da capital.

Alves comunicou sua ausência nas próximas sessões em razão de uma viagem ao Rio de Janeiro, onde representará a Frente Parlamentar de Erradicação dos Lixões em um congresso sobre o tema. “Vou arcar com todas as despesas do meu próprio bolso e deixo claro que, caso a votação da calamidade ocorra durante minha ausência, o meu voto será não. E, na minha volta, farei aqui todas as ponderações que faria no momento da votação”, afirmou.

O legislador também questionou a utilidade de pareceres emitidos por órgãos de controle, como o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que, segundo ele, têm sido desconsiderados pela gestão municipal. “A partir de agora, o Tribunal de Contas dos Municípios tem que ser jogado no lixo, porque de nada adianta emitir pareceres técnicos se vão continuar insistindo em uma calamidade que não existe”, afirmou.

Ao longo de sua fala, Clécio elencou uma série de gastos da Prefeitura de Goiânia, que, em sua avaliação, contradizem o discurso de calamidade pública. Entre eles, citou um aditivo de R$ 175 milhões para a empresa Ita, despesas de R$ 167 milhões para pintura de asfalto, R$ 11 milhões para shows durante a pecuária, além de contratações sem licitação e pagamentos extraordinários à Comurg. “Nunca ouvi dizer que uma prefeitura em calamidade pública sai gastando dessa forma”, criticou.

O deputado ainda se dirigiu ao governador Ronaldo Caiado (UB), alertando sobre possíveis desdobramentos políticos. “O senhor vai se decepcionar”, disse. E completou: “Eu espero ter vida para assistir a esse momento e o senhor se lembrar das minhas palavras”.