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Crer - inovação que promove a auto-estima

21 de Outubro de 2008 às 12:26
A importância do Centro de Reabilitação e Readaptação (Crer) no tratamento dos pacientes que necessitam de uma chance de readaptação na sociedade, o trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas foi abordado pelo deputado Iso Moreira (PSDB) em artigo publicado no jornal Diário da Manhã, edição de 11.10.2008

* Iso Moreira é deputado estadual pelo PSDB

Quero, inicialmente, ressaltar a importância do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) para a sociedade goiana, pois constitui-se numa unidade de saúde de referência. Cumprimento aos diretores, médicos, enfermeiros, técnicos, servidores dedicados nesta missão de contribuir para a recuperação da saúde das pessoas.

Formado no início deste ano, o Grupo Atividade, composto por pacientes do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), e dirigido pela terapeuta Sueli Toshie Inoue, tem como proposta principal promover a autonomia e a independência do indivíduo para a sua participação social nos moldes desejáveis. Busca desenvolver nos participantes a auto-estima, a sociabilização, o lazer, a atenção, a memória, e atividades de auto-cuidado e da vida diária.

Direcionadas a pacientes em tratamento no Crer, as ações do Atividade beneficiam mulheres e homens na faixa etária de 69 a 91 anos, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e de convênios - o maior porcentual é de pacientes do SUS. A idéia de iniciar o grupo surgiu do fato de que o Crer tem uma clientela grande de idosos, assistidos por várias terapias, que necessitam de ações e atividades que promovam momentos de descontração e interação entre eles, dando-lhes a possibilidade de, entre outras coisas, melhorar a qualidade de vida.

Os integrantes do Grupo Atividade fazem relatos de fatos ocorridos no passado e no presente, brincadeiras, comemoração de datas e pequenas vitórias, principalmente as relacionadas ao tratamento. Dessa forma, eles vão obtendo o sucesso almejado. O grupo desenvolve ainda atividades comuns, do dia-a-dia, que capacitam o idoso a manter o máximo de independência possível, melhorando sua qualidade de vida. Atualmente, cerca de 14 pacientes estão agendados para essa terapia.

Quatro profissionais do quadro clínico do Crer estão diretamente envolvidos no trabalho com o grupo: um assistente social, uma enfermeira, um fisioterapeuta e uma terapeuta ocupacional. As atividades são elaboradas de acordo com as necessidades e sugestões dos pacientes, entre elas, exercícios respiratórios, expressões de sentimentos, bingos, festas, atividades de sensibilidade e que desenvolvam e exercitem a memória.

Para a terapeuta ocupacional Sueli Inoue, a assiduidade dos integrantes nos encontros do grupo é um dos indicadores de que as ações e atividades desenvolvidas são realmente benéficas e estão contribuindo para uma melhor qualidade de vida para eles. “Os pacientes participam de forma espontânea, sentem desejo de verbalizar suas emoções, contam piadas, os sorrisos são freqüentes, demonstram abertura para novas idéias, enfim, gostam de estar entre os componentes do grupo e se sentem à vontade entre eles”, ressalta.

Segundo o paciente Gil Lopes Macedo, de 79 anos, são inúmeros os benefícios alcançados com a terapia. “No primeiro dia desse grupo, estava todo mundo de cabeça baixa, ninguém se olhava. Quando terminou o dia, parece que a gente já estava diferente. Do segundo dia em diante era todo mundo muito alegre. Aqui é um grupo de amigos e é preciso ter amigos para estar em paz consigo mesmo, senão a pessoa se destrói. Nesse grupo, pela amizade que existe entre nós, a gente aprende que o importante é a vida, em qualquer fase.” Como integrante do grupo, o mais importante para o paciente foi reconquistar sua auto-estima, saber que ainda é capaz de fazer muita coisa, só que de maneiras diferentes e em ritmos diferentes.

O Grupo Atividade se reúne todas as quintas-feiras, das 15 às 16 horas, no Crer. A perspectiva dos coordenadores do grupo é de aumentar o número de integrantes. Cada participante acaba se tornando um multiplicador das propostas do grupo, capaz de transmitir o que foi aprendido. Descobrem que são úteis, que ainda possuem o poder do fazer, e principalmente, que são importantes em seu convívio familiar e social.

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