"Brasil está avançado na questão indígena", diz palestrante da Guiana Francesa.
O palestrante, Geoffroy Filoche, lembra que a questão indígena ganhou importância a partir da Carta assinada na Conferência Rio 92, quando os países se comprometeram a reconhecer os povos indígenas e seu patrimônio histórico e cultural.
Conforme Filoche, o Governo brasileiro já havia definido essa questão desde a promulgação da Constituição de 1988, enquanto que na Guiana Francesa, os índios são apenas “tolerados”. Todavia, diz, a França tem tomado medidas para fazer valer a Carta da Rio 92, e cita a criação do Parque da Amazônia Francesa, como um marco nesse sentido. "Enquanto ainda estamos começando a reconhecer os índios como legítimos habitantes de nosso país, o Brasil se encontra muitos passos a frente", considera.
Filoche explica também que atualmente existem cerca de 10 mil índios na Guiana Francesa e mais de 400 mil no Brasil. Entretanto, os índios brasileiros representam apenas 0,25% da população e 5% dos habitantes do país vizinho.
“Acredito que o ano da França no Brasil é uma grande oportunidade de se questionar sobre questões que afetam os dois países, a exemplo da questão indígena”, afirma.
A Assembleia também é palco da exposição de fotos com motivos franceses da fotógrafa Rosa Berardo. Ela é doutora em Cinema pela Sorbonne, França, e pós-doutora pela Université du Québec à Montreal, com uma longa trajetória na área do audiovisual no Brasil e no exterior.