Aparecida de Goiânia de todos nós
* Deputado Ozair José é líder da bancada do PP na Assembleia Legislativa
Em 11 de maio de 1922, os senhores Abrão Lourenço de Carvalho, João Batista de Toledo, Antônio Barbosa Sandoval e Aristides Frutuoso, devotos de Nossa Senhora Aparecida, doaram um alqueire de terra para que as famílias vizinhas construíssem uma igreja para a santa, utilizando-se de materiais doados pela comunidade.
Acabava de nascer o povoado de Aparecida, a 15 quilômetros de Goiânia, na Microrregião do Meia-Ponte. Em 1958 foi elevado a condição de vila, como distrito de Goiânia, e o nome de Vila Aparecida de Goiás, passando a se chamar Goialândia, ainda em 1958, nome que permaneceu até 14 de novembro de 1963, quando se emancipou com o atual nome de Aparecida de Goiânia.
Localizada a 808 m de altitude, em terreno plano, levemente ondulado, o município de Aparecida de Goiânia, com 289 km² e aproximadamente 500 mil habitantes, é cortado pela BR-153 e diversas rodovias municipais e banhado pelo Rio Meia Ponte, os córregos Santo Antônio, Tamanduá, do Almeida, Salvador e o Ribeirão das Lages, além de pequenos outros ribeirões que brotam em suas terras.
Os primórdios da evolução social do pequenino povoado repousam na capelinha Nossa Senhora Aparecida, onde os moradores de então praticavam o culto religioso àquela que seria mais tarde consagrada a padroeira do lugar.
Habitavam naquelas paragens os fazendeiros José Cândido de Queirós, Abrão Lourenço de Carvalho, Antônio Barbosa Sandoval, João Batista de Toledo e Aristides Frutuoso, suas mulheres e filhos que, juntando-se a mais outros, formavam o núcleo populacional que marcou o início da sua história.
As frequentes desavenças levadas a efeito pelos padres sediados em Campinas, que para o pequeno lugarejo se transportavam em animais a fim de cumprirem missão de fé, acabaram por incutir nos primeiros habitantes o sentimento religioso da Igreja Católica Apostólica Romana, acentuando indelevelmente a agregação religiosa, incrementando, consequentemente, a afluência de residentes em função do culto.
Para formação do patrimônio da igreja, José Cândido de Queirós e sua mulher, D. Maria Elias de Jesus, fizeram doação de 2 alqueires de terras à Mitra Arquidiocesana de Goiás, conforme Escritura Pública de doação lavrada em 18 de março de 1922 pelo 1º tabelião do extinto Termo de Campinas; Clemente Rochedo de Abreu, levado ao Cartório de Registro de Imóveis da 3ª Circunscrição de Goiânia pela oficial do Registro de Imóveis dra. Maria Alice Coutinho Seixo de Britto, no Livro 3-Qi fls. 243 sob o n° 22.586, sendo que Abrão Lourenço de Carvalho e sua mulher, Amonia Maria de Jesus, Antônio Barbosa Sandoval e sua mulher, D. Bárbara Thomásia de Jesus, doaram em conjunto mais dois alqueires de terras com partes iguais de um alqueire cada uma, cuja escritura foi lavrada em 18 de novembro de 1925 e registrada no mesmo Cartório sob o nº 22.585, no mesmo livro e folhas, não havendo registro de qualquer outra doação que não sejam as prefaladas.
No dia 3 de maio de 1922 foi levantada uma cruz de aroeira construída e oferecida por Aristídes Frutuoso, celebrando-se aí, neste mesmo dia, a primeira missa campal, rezada por sacerdote vindo da cidade de Goyaz. Provisoriamente serviu de capela um rancho de folhas de bacuri, sendo a primeira festa realizada no dia 11 de maio de 1922 e, no mesmo ano, foi iniciada a construção da igreja definitiva como auxílio do povo. Tanto a cruz como a igreja edificada ainda permanecem no mesmo local como testemunhas históricas do nascimento do povoado.
Há mais de trinta anos, cheguei a Aparecida de Goiânia, juntamente com meus pais e irmãs. Oriundo da roça, um jovem menino, logo adolescente, ainda descalço, com poucas roupas, mas com esperança de vencer na vida, pois tinha o fundamental: boa formação educacional, familiar e religiosa, índole herdada dos pais, Mauro José da Silva (in memorian) e Divina da Silva.
Ainda menino, comecei a ajudar os pais, no sustento do lar. Cresci e fui trabalhar em um posto de gasolina. Nessa época, morava em um barracão, sem luz, distante do Centro da cidade. No posto de gasolina, me destaquei pelo bom trato a todos e vontade de acertar. De lá, para a prefeitura foi um pulo, onde sou funcionário de carreira.
Desde jovem, estive vinculado com o esporte: atuei no futebol amador, no juvenil do Goiás Esporte Clube, foi presidente da Aparecidense Esporte Clube e ocupei a vice-presidência da Federação Goiana de Futebol.
Meu dom político surgiu espontaneamente e, por duas vezes, fui eleito vereador em Aparecida de Goiânia, onde me destaquei pela vontade de servir ao povo. Pautei a minha vida buscando ser bom filho, bom pai, bom marido, bom amigo, bom companheiro.
Fui vice-prefeito, secretário municipal por suas vezes, cujo trabalho é lembrado até hoje pela sociedade aparecidense.
Na Assembleia Legislativa, desempenho o terceiro mandato, onde ocupei, por duas vezes, a 1ª Secretaria da Mesa Diretora e agora exerço a liderança da bancada do PP.
Tenho atuado sempre em defesa dos interesses de Aparecida de Goiânia. Minha ação junto ao governo do Estado foi decisiva em obras como Hospital de Urgências, UEG, Fórum, Juizado de Pequenas Causas, 3 delegacias de Polícia Civil, duplicação da GO-040 (Garavelo a Aragoiânia), IML, construção e reformas das escolas estaduais, asfaltamento em diversos bairros, água tratada e saneamento básico, duplicação da entrada do Diag e Dimag e Agência Prisional
Na Assembleia, tenho levantado a voz em favor dos comerciantes, feirantes, taxistas, mototaxistas, vigilantes, motoristas, servidores da educação, da saúde, da segurança pública, enfim, os trabalhadores que precisam do apoio das autoridades públicas para que conquistem novos e importantes benefícios profissionais. Tenho atuado firme também em defesa das causas das crianças, dos jovens, das mulheres e dos idosos, sempre se colocando ao lado das reivindicações e das lutas desses segmentos importantes da comunidade goiana.