Para juiz corregedor do TJ, Patronato mudará paradigma do sistema prisional
O juiz corregedor do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ), Carlos Magno, participa da audiência pública que discute a instalação de Patronato no Jardim da Luz. O evento, promovido pela Comissão de Segurança Pública, está sendo realizado na manhã desta terça-feira, 28, na sala Solon Amaral.
O Patronato, órgão do Sistema de Execução Penal, tem como principal objetivo auxiliar o retorno em sociedade de pessoas que cometeram algum tipo de infração. A Superintendência do Sistema de Execução Penal (Susepe) tem como meta implantar esse órgão na região do Setor Jardim da Luz. No entanto, algumas associações de moradores da região não aprovam esta instalação.
Para o juiz Carlos Magno, o importante não é o lugar onde o Patronato será instalado, mas a mudança de paradigma representado por sua instalação. O juiz citou o exemplo bíblico da Lei de Talião — olho por olho, dente por dente — e sua evolução para as leis escritas de Moisés e, posteriormente, para o conceito da compreensão e do perdão, pregados por Jesus.
“O Brasil ainda está na fase da Lei de Talião, pois predomina a cultura da vingança. Apesar de possuirmos leis de determinam a dignidade e a reeducação do preso, na prática, nada é observado”, argumentou. Ao finalizar a sua fala, o juiz ressaltou que a intenção do Poder Público não é expor os moradores do Jardim da Luz e região, mas alcançar um avanço no sistema penal que beneficiará a todos.