Lula, o fazedor de promessas (II)
* Nilo Resende é deputado estadual pelo Democratas
Como já escrevi recentemente, nunca antes na história deste País um presidente fez tantas promessas falsas quanto Luiz Inácio Lula da Silva o fez com o povo do Estado de Goiás. Não precisamos de longas pesquisas para constatar o que já sabíamos e que decidi alertar nossos governantes em junho passado. Lula continua sendo o “fazedor de promessas” mais “enzoneiro” (como já diziam os mineiros de mais idade) com que já deparamos em nossos tempos. Basta ler os jornais diários de nossa Capital, edições do final da semana passada. As obras do aeroporto, que estão paralisadas há dois anos e meio, sofrem mais um revés: a anunciada ampliação provisória da sala de embarque do Santa Genoveva ficou para 2010. Sem contar que divergências entre o Tribunal de Contas da União e o grupo executor da construção que seriam resolvidas até maio passado, como informam os jornais, ficam também para depois. Até quando o presidente acha que podemos suportar suas enrolações com nosso povo?
Numa corrida desenfreada para perpetuação de seu grupo na Presidência da República e ao arrepio da lei mais evidente a que já assistimos um presidente da República fazer, Lula decide que precisa atacar mais ainda a honra e o entendimento de todos nós goianos e de todos os brasileiros. Vejam só que agressão à lei: na semana passada, o presidente decidiu fazer uma viagem de três dias para verificar as obras do Rio São Francisco que, como bem disse Sérgio Guerra, presidente do PSDB nacional no sábado em Goiânia, não precisaria mais do que 40 minutos para ver tudo o que já está implantado, quando se sabe que apenas cerca de 15% da obra foram iniciados. E ainda carrega à tiracolo dois presidenciáveis que, também despudoradamente, acham que o povo não entende que a propaganda eleitoral extemporânea é tão explícita, que chega a ser vergonhosa.
E pensar que há cerca de quatro anos a propaganda da transposição do rio, para beneficiar o povo nordestino, já era veiculada nas principais redes de TV e jornais de nosso país, quando sabemos que somente daqui a cinco ou seis anos o povo poderá ter acesso à bendita água.
Como diz Roberto Freire, o presidente da República não faz outra coisa a não ser desrespeitar a lei. “E o faz com deboche.” Por isso, a certeza absoluta de que o governo do presidente Lula só sabe colher, não sabe plantar, e já está com dificuldades para colher, parafraseando o deputado federal José Aníbal. Começo a me preocupar com o futuro de nossa gente, já que 70% das receitas estão concentradas nas mãos da União. Com que recursos os governadores e prefeitos poderão atender as necessidades básicas de nosso povo, especialmente nas áreas de saúde, educação, habitação e geração de emprego?
Some-se a tudo isso o fato de o governo de Lula emprestar 10 bilhões de dólares para o FMI, quando o povo brasileiro está cada dia mais carente de atendimento à saúde, amargando, pelas madrugadas ou sob sol escaldante, imensas filas para conseguir uma consulta ou um exame. É um verdadeiro disparate a que assistimos em nosso país, e o presidente da República ainda se coloca como o “salvador da Pátria” dos bancos internacionais. Aliás, a única categoria que não reclama do governo brasileiro são os banqueiros.
Como já diziam os antigos, temos que colocar “as barbas de molho”. E não custa relembrar o que já havia dito em artigo anterior. Em Goiás, Lula conseguiu atenção especial do governador Alcides Rodrigues ao garantir que, além do Aeroporto Internacional de Goiânia que seria reformado e ampliado, também estaria incluído em sua lista sem fim de promessas a Goiás o alcoolduto vindo de São Paulo, que chegaria a Senador Canedo; e o Centro de Excelência da Avenida Paranaíba deixaria de empoeirar o Centro da Capital. Infelizmente, ao acreditar na palavra de um presidente, constatamos com tristeza que o Aeroporto continua com as obras paralisadas; o alcoolduto, que seria a redenção para os exportadores de álcool em Goiás, ficou apenas no papel; e o Centro de Excelência, só Deus sabe quando será concluído.
Se não bastassem os compromissos não cumpridos, Lula foi mais longe. Prometeu ao Governador ajuda à Celg, “autorizando” o empréstimo de quase R$ 1,4 bilhão para o governo do Estado, durante a visita realizada na cidade de Itumbiara. Lula ainda teve a ousadia de subir em palanque pré-eleitoral em Goiânia, no fatídico 13 de agosto passado, e agredir mais uma vez os goianos fazendo a promessa de que em pouco mais de 30 dias a situação da Celg estaria resolvida. Já se passaram mais de 60 dias e o que vemos é o governador Alcides e sua equipe indo e voltando de Brasília, perambulando de gabinete em gabinete (o que já acontece há mais de um ano) e nada conseguindo resolver. Pura enrolação!
Mais do que as promessas não cumpridas, a situação da Celg é realmente complicada, porque devido à sua inadimplência a Companhia perde 35 milhões de reais por mês, o que chega ao final de um ano, somando-se os juros altíssimos, num prejuízo superior a 1,5 bilhão de reais. Neste ponto, o que resta ao goiano é contar com um governo com pulso forte, para evitar a entrega total da empresa ao governo federal, que parece nenhum pouco preocupado com a situação crítica do Estado em relação à estatal.
E para que o governo estadual fique ciente, pelo que me diz respeito, a Assembleia Legislativa não vai votar a toque de caixa qualquer projeto que diga respeito à venda da Celg. Não vamos compactuar com tamanho prejuízo ao povo goiano!
E onde estão os recursos do famoso PAC? É outro programa de engodo, porque é pura propaganda. E como já disse anteriormente, praticamente inexiste no Brasil, mas todo mundo só fala nele. São histórias de hidrelétricas, pavimentação, duplicação de rodovias que só existem nos gabinetes de Brasília. Nas ruas, o que se vê é o medo de um novo apagão e estradas esburacadas.
Onde estão os recursos para concluir o famoso Anel Viário de Goiânia, que deveria interligar rodovias estaduais e federais, para desafogar o trânsito de veículos pesados pelo centro da Capital? Emperrada há quase 15 anos, a obra também não tem previsão para ser concluída. Não há como negar. O presidente Lula teve tempo suficiente para liberar os recursos para investimentos nessa obra, mas o descaso com o povo goiano é tão grande que ele prefere redirecionar os investimentos para os Estados onde a Copa de 2014 será realizada, especialmente em capitais escolhidas sob a manifestação da preferência de Lula.
E não custa repetir: Lula continua aproveitando seu poder para atingir seus objetivos pessoais e eleitoreiros, alguns mesquinhos. Em Goiás, por exemplo, quer vingança, derrotando nas urnas o senador Marconi Perillo em 2010. Não é de hoje que Lula persegue Marconi. Para tirar a Marconi do caminho, Lula fomentou o rompimento da base aliada, que deu três vitórias seguidas ao Tempo Novo em Goiás, manobra que claramente beneficia o PMDB. Só os ingênuos não enxergam que o PSDB pode até ser prejudicado pelo racha, mas levará junto o PP, fadado a não ter espaço algum em um possível governo do PMDB e do PT.
Em Goiás, hoje, vê-se que Marconi tem o seu plano de voo, preparando-se para enfrentar Iris Rezende, do PMDB, que também tem o seu. Fora daí, só existem conjecturas e muito improviso, marcado pela influência de fatores pessoais, que podem terminar levando ao desastre lá na frente. Para Lula, isso pouco importa: ele quer acertar suas contas com Marconi e para isso não pode abrir mão do apoio dos ingênuos, que ele está enrolando em troca de nada.
Não custa alertar também a todos os goianos e ao povo brasileiro. Hoje, segundo dados expostos no Seminário do PSDB realizado no sábado passado, vivemos num Brasil onde uma absurda e perversa concentração de renda mantém governadores e prefeitos com pires na mão em Brasília, repetindo uma triste história do tempo em que os generais governaram o Brasil. Precisamos de recursos federais mais do que nunca para beneficiar nossa gente, inclusive na área de segurança pública que vive o caos em nosso país, não apenas no Rio de Janeiro, mas em nosso Estado também. E temos que investir, antes que as guerras já travadas nos morros cariocas ultrapassem aqueles limites e cheguem em terras goianas.
Os investimentos estão praticamente paralisados. Temos que começar a pensar em alternativas que aliviem a carga tributária brasileira e que permitam aos governos traçarem metas e cumpri-las, especialmente em programas de inclusão social, como já temos em Goiás: Bolsa Universitária, Salário Escola, Renda Cidadã, Banco do Povo, Universidade Estadual e todo o legado que Marconi Perillo deixou ao povo de Goiás.
Como já escrevi recentemente, nunca antes na história deste País um presidente fez tantas promessas falsas quanto Luiz Inácio Lula da Silva o fez com o povo do Estado de Goiás. Não precisamos de longas pesquisas para constatar o que já sabíamos e que decidi alertar nossos governantes em junho passado. Lula continua sendo o “fazedor de promessas” mais “enzoneiro” (como já diziam os mineiros de mais idade) com que já deparamos em nossos tempos. Basta ler os jornais diários de nossa Capital, edições do final da semana passada. As obras do aeroporto, que estão paralisadas há dois anos e meio, sofrem mais um revés: a anunciada ampliação provisória da sala de embarque do Santa Genoveva ficou para 2010. Sem contar que divergências entre o Tribunal de Contas da União e o grupo executor da construção que seriam resolvidas até maio passado, como informam os jornais, ficam também para depois. Até quando o presidente acha que podemos suportar suas enrolações com nosso povo?
Numa corrida desenfreada para perpetuação de seu grupo na Presidência da República e ao arrepio da lei mais evidente a que já assistimos um presidente da República fazer, Lula decide que precisa atacar mais ainda a honra e o entendimento de todos nós goianos e de todos os brasileiros. Vejam só que agressão à lei: na semana passada, o presidente decidiu fazer uma viagem de três dias para verificar as obras do Rio São Francisco que, como bem disse Sérgio Guerra, presidente do PSDB nacional no sábado em Goiânia, não precisaria mais do que 40 minutos para ver tudo o que já está implantado, quando se sabe que apenas cerca de 15% da obra foram iniciados. E ainda carrega à tiracolo dois presidenciáveis que, também despudoradamente, acham que o povo não entende que a propaganda eleitoral extemporânea é tão explícita, que chega a ser vergonhosa.
E pensar que há cerca de quatro anos a propaganda da transposição do rio, para beneficiar o povo nordestino, já era veiculada nas principais redes de TV e jornais de nosso país, quando sabemos que somente daqui a cinco ou seis anos o povo poderá ter acesso à bendita água.
Como diz Roberto Freire, o presidente da República não faz outra coisa a não ser desrespeitar a lei. “E o faz com deboche.” Por isso, a certeza absoluta de que o governo do presidente Lula só sabe colher, não sabe plantar, e já está com dificuldades para colher, parafraseando o deputado federal José Aníbal. Começo a me preocupar com o futuro de nossa gente, já que 70% das receitas estão concentradas nas mãos da União. Com que recursos os governadores e prefeitos poderão atender as necessidades básicas de nosso povo, especialmente nas áreas de saúde, educação, habitação e geração de emprego?
Some-se a tudo isso o fato de o governo de Lula emprestar 10 bilhões de dólares para o FMI, quando o povo brasileiro está cada dia mais carente de atendimento à saúde, amargando, pelas madrugadas ou sob sol escaldante, imensas filas para conseguir uma consulta ou um exame. É um verdadeiro disparate a que assistimos em nosso país, e o presidente da República ainda se coloca como o “salvador da Pátria” dos bancos internacionais. Aliás, a única categoria que não reclama do governo brasileiro são os banqueiros.
Como já diziam os antigos, temos que colocar “as barbas de molho”. E não custa relembrar o que já havia dito em artigo anterior. Em Goiás, Lula conseguiu atenção especial do governador Alcides Rodrigues ao garantir que, além do Aeroporto Internacional de Goiânia que seria reformado e ampliado, também estaria incluído em sua lista sem fim de promessas a Goiás o alcoolduto vindo de São Paulo, que chegaria a Senador Canedo; e o Centro de Excelência da Avenida Paranaíba deixaria de empoeirar o Centro da Capital. Infelizmente, ao acreditar na palavra de um presidente, constatamos com tristeza que o Aeroporto continua com as obras paralisadas; o alcoolduto, que seria a redenção para os exportadores de álcool em Goiás, ficou apenas no papel; e o Centro de Excelência, só Deus sabe quando será concluído.
Se não bastassem os compromissos não cumpridos, Lula foi mais longe. Prometeu ao Governador ajuda à Celg, “autorizando” o empréstimo de quase R$ 1,4 bilhão para o governo do Estado, durante a visita realizada na cidade de Itumbiara. Lula ainda teve a ousadia de subir em palanque pré-eleitoral em Goiânia, no fatídico 13 de agosto passado, e agredir mais uma vez os goianos fazendo a promessa de que em pouco mais de 30 dias a situação da Celg estaria resolvida. Já se passaram mais de 60 dias e o que vemos é o governador Alcides e sua equipe indo e voltando de Brasília, perambulando de gabinete em gabinete (o que já acontece há mais de um ano) e nada conseguindo resolver. Pura enrolação!
Mais do que as promessas não cumpridas, a situação da Celg é realmente complicada, porque devido à sua inadimplência a Companhia perde 35 milhões de reais por mês, o que chega ao final de um ano, somando-se os juros altíssimos, num prejuízo superior a 1,5 bilhão de reais. Neste ponto, o que resta ao goiano é contar com um governo com pulso forte, para evitar a entrega total da empresa ao governo federal, que parece nenhum pouco preocupado com a situação crítica do Estado em relação à estatal.
E para que o governo estadual fique ciente, pelo que me diz respeito, a Assembleia Legislativa não vai votar a toque de caixa qualquer projeto que diga respeito à venda da Celg. Não vamos compactuar com tamanho prejuízo ao povo goiano!
E onde estão os recursos do famoso PAC? É outro programa de engodo, porque é pura propaganda. E como já disse anteriormente, praticamente inexiste no Brasil, mas todo mundo só fala nele. São histórias de hidrelétricas, pavimentação, duplicação de rodovias que só existem nos gabinetes de Brasília. Nas ruas, o que se vê é o medo de um novo apagão e estradas esburacadas.
Onde estão os recursos para concluir o famoso Anel Viário de Goiânia, que deveria interligar rodovias estaduais e federais, para desafogar o trânsito de veículos pesados pelo centro da Capital? Emperrada há quase 15 anos, a obra também não tem previsão para ser concluída. Não há como negar. O presidente Lula teve tempo suficiente para liberar os recursos para investimentos nessa obra, mas o descaso com o povo goiano é tão grande que ele prefere redirecionar os investimentos para os Estados onde a Copa de 2014 será realizada, especialmente em capitais escolhidas sob a manifestação da preferência de Lula.
E não custa repetir: Lula continua aproveitando seu poder para atingir seus objetivos pessoais e eleitoreiros, alguns mesquinhos. Em Goiás, por exemplo, quer vingança, derrotando nas urnas o senador Marconi Perillo em 2010. Não é de hoje que Lula persegue Marconi. Para tirar a Marconi do caminho, Lula fomentou o rompimento da base aliada, que deu três vitórias seguidas ao Tempo Novo em Goiás, manobra que claramente beneficia o PMDB. Só os ingênuos não enxergam que o PSDB pode até ser prejudicado pelo racha, mas levará junto o PP, fadado a não ter espaço algum em um possível governo do PMDB e do PT.
Em Goiás, hoje, vê-se que Marconi tem o seu plano de voo, preparando-se para enfrentar Iris Rezende, do PMDB, que também tem o seu. Fora daí, só existem conjecturas e muito improviso, marcado pela influência de fatores pessoais, que podem terminar levando ao desastre lá na frente. Para Lula, isso pouco importa: ele quer acertar suas contas com Marconi e para isso não pode abrir mão do apoio dos ingênuos, que ele está enrolando em troca de nada.
Não custa alertar também a todos os goianos e ao povo brasileiro. Hoje, segundo dados expostos no Seminário do PSDB realizado no sábado passado, vivemos num Brasil onde uma absurda e perversa concentração de renda mantém governadores e prefeitos com pires na mão em Brasília, repetindo uma triste história do tempo em que os generais governaram o Brasil. Precisamos de recursos federais mais do que nunca para beneficiar nossa gente, inclusive na área de segurança pública que vive o caos em nosso país, não apenas no Rio de Janeiro, mas em nosso Estado também. E temos que investir, antes que as guerras já travadas nos morros cariocas ultrapassem aqueles limites e cheguem em terras goianas.
Os investimentos estão praticamente paralisados. Temos que começar a pensar em alternativas que aliviem a carga tributária brasileira e que permitam aos governos traçarem metas e cumpri-las, especialmente em programas de inclusão social, como já temos em Goiás: Bolsa Universitária, Salário Escola, Renda Cidadã, Banco do Povo, Universidade Estadual e todo o legado que Marconi Perillo deixou ao povo de Goiás.