"De sexo frágil, não temos nada", diz professora sobre a mulher
Encerrando o ciclo de atividades proposto pela Diretora de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a professora Elina Rodrigues Borges ministrou a palestra "Multimullher". A palestra, que teve início às 16 horas desta segunda-feira, 8, foi realizada no saguão da Assembleia Legislativa, local que ganhou decoração especial para o evento.
A professora Elina Borges, que é administradora, consultora de negócios e mestre em Engenharia de Produção com ênfase em Planejamento Estratégico de Marketing, apresentou discussão sobre a evolução da mulher ao longo dos séculos. "Antes, éramos apenas mães, donas de casa, depois passamos para símbolo sexual em capas de revistas. Hoje, nós ocupamos bancos em universidades, na política e nas empresas", mostrou Elina.
A palestrante também enfatizou o fato de a mulher moderna conseguir fazer várias coisas ao mesmo tempo. "Essa virtude da mulher, o homem não tem. O cérebro masculino funciona como caixinhas isoladas em que, se ele atende o celular, não consegue fazer outra coisa ao mesmo tempo", brincou a professora.
Sem comparação
Elina Borges ressalta o erro que as mulheres de hoje têm cometido em querer competir com os homens em todos os aspectos. Isso faz com que, segundo a professora, as mulheres percam sua alma feminina. "As mulheres estão caminhando pelo trajeto errado ao querer se comparar com o homem em todos os aspectos. Isso é um equívoco, porque os homens têm aspectos que precisam ser lapidados pelas mulheres e vice-versa. Eles não podem adquirir as mesmas características", enfatizou Elina.
Em contrapartida, a palestrante abriu os olhos das mulheres presentes na palestra que, por muitas vezes, deixam com que o mundo as trate apenas como seres frágeis e sensuais. "De sexo frágil, não temos nada. Nós vamos à luta", afirmou a palestrante. Ela mostra dados comparativos sobre a média de renda do homem e da mulher em que a média masculina é de R$ 1.172 e da mulher, R$ 895.
A diretora de Recursos Humanos, Jacqueline Nasiazene, fez balanço positivo das atividades que, segundo ela, superou em muito as expectativas. "Estou muito feliz porque pude notar que o sentimento real da data foi transmitido e que as mulheres da Casa participaram de todos os eventos e alegraram e aprenderam com o que foi exposto", disse a diretora. Ela afirmou que a resposta de participação foi surpreendente. "Nós tivemos que pegar mais cadeiras porque fizemos uma média de 25 mulheres por evento, e esse número em muito foi ultrapassado", relatou Jacqueline.
A auxiliar de serviços da Assembleia Legislativa, Silvia Cristina, assistiu à última palestra e afirmou ter saído com outro olhar sobre as mulheres. "A palestra foi muito boa. A palestrante fala muito bem e com clareza. Eu saí vendo a mulher de outra forma, aprendendo que somos capaz de qualquer coisa quando somos esforçadas", desabafou Silvia.
As homenagens prosseguem às 20 horas desta segunda-feira, com a realização de uma sessão solene proposta pela deputada Isaura Lemos (PDT).