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CPI da Celg

31 de Março de 2010 às 15:37
Deputado Helio de Sousa entregou relatório conclusivo a conselheiros do TCE, na manhã desta quarta-feira, 31.
A Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o endividamento da Celg nos últimos 25 anos realizou seu último ato oficial ao entregar o relatório final para o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE). O documento foi repassado ao presidente da corte, Gérson Bulhões Ferreira, em audiência na manhã desta quarta-feira, 31.

O presidente da CPI da Celg, Helio de Sousa (DEM), afirmou que o apoio técnico dos analistas do TCE foi fundamental para que a comissão tivesse credibilidade e detalhamento na apuração durante os trabalhos. De acordo com ele, o respaldo dos servidores do tribunal aliado ao relatório produzido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), vinculada à Universidade de São Paulo, foram fundamentais para as atividades.

"Há um sentimento entre os deputados-membros de dever cumprido. O relatório final, produzido por Humberto Aidar (PT), foi aprovado por unanimidade, sem pedido de vista ou acréscimos. Temos também a certeza de que a opinião pública acompanhou de perto os trabalhos da CPI, que foram conduzidos com absoluta transparência", afirmou o democrata.

Helio de Sousa apontou ainda a  má gestão da estatal, ressaltando o atual montante das dívidas, que chega a R$ 4,6 bilhões. O parlamentar acrescentou que os relatórios da Fipe e do TCE concluíram que a Celg é uma empresa viável, mas que tem sido mal gerida ao longo desses anos. “A Celg precisa de uma gestão que lhe garanta estabilidade financeira”, concluiu.

Outro fator apontado por Helio de Sousa foi a contratação de empréstimos financeiros, que acabaram se tornando uma grande bola de neve, em virtude de altas taxas de juros. Os contratos de contratação de serviços terceirizados também são muito discutíveis, de acordo com o deputado. “A realização de aditivos de contratos são para casos excepcionais, porém, na Celg, eles são a regra”, disse.


Investigação continuada

O presidente do TCE, Gerson Bulhões Ferreira, disse que a corte vai continuar a apuração realizada pela CPI. De acordo com ele, o relatório final vai ser encaminhado para a coordenação da corte, que já cuida de processos relacionados à Celg.

"O trabalho realizado pela CPI trouxe resultados muito bons. Cabe agora ao TCE dirigir o documento para o relator, que vai aprofundar a auditoria em relação às irregularidades identificadas. Uma vez apurados os fatos, o tribunal vai identificar os responsáveis e aplicar as sanções cabíveis", afirmou Gerson Bulhões.

O conselheiro do TCE, Sebastião Tejota, afirmou que a corte vai procurar esclarecer com mais riqueza de detalhes os pontos obscuros da vida da Celg apontados pelo relatório. De acordo com ele, a CPI teve um prazo apertado para conduzir a investigação, que será agora continuada pelo TCE e pelo Ministério Público.

"A CPI da Celg não teve tempo hábil para apurar com maior detalhamento a vida da Companhia, dado o volume de informações. Vamos dar continuidade ao trabalho realizado e identificar os responsáveis pelo endividamento da Celg, tomando as medidas legais aplicáveis em cada caso", afirmou Sebastião Tejota.
Agência de Notícias
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