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Professora afirma que falta de estrutura de trabalho traz prejuízos à Educação

13 de Setembro de 2010 às 14:39

A professora da rede pública estadual em Goianésia, Patrícia Nara da Fonseca de Carvalho, afirmou que não há vocação que resista a um número excessivo de estudantes em uma sala de ensino médio, com estudantes prestes a enfrentar vestibular. Também indicou que há uma pesada carga de trabalho, pela qual a remuneração não é adequada, o que provoca desestímulo por parte dos professores.

"Há inúmeros estudos sobre a função social da escola e os desafios desta dentro de um contexto globalizado. Quero que vejam minha declaração mais como um desabafo, que representam um público semelhante a mim. Qual imagem a grande mídia, governo e sociedade têm dessa categoria?", indagou.

Patrícia Nara disse que os recursos humanos da Educação - os professores - não são valorizados. De acordo com ela, é comum encontrar profissionais descrentes, com baixa autoestima, desestimulados e sobrecarregados. "O aumento do número de docentes descrentes, sem plano de carreira, e com doenças físicas e mentais, tem contribuído para a situação da Educação", disse a professora.

"É ainda preocupante a carência de profissionais com formação para lecionar, em particular em matemática, química e física. Há um grande número de contratos temporários, que provocam uma precarização do ensino. Os que demonstram competência são impedidos de realizar seu trabalho porque esses contratos duram apenas um ano. Esse rodízio leva a uma ineficiência do ensino. Sem uma política educacional séria, nada muda", afirmou.

A professora questionou como haveria possibilidade de realizar uma educação de qualidade sem a correspondente remuneração. Patrícia Nara afirmou ainda que o piso de R$ 1 mil por 40 horas semanais de trabalho é vergonhoso.

"Se fôssemos melhor remunerados, poderíamos ser melhor cobrados. Não que remuneração somente seja o bastante. É preciso que ela esteja associada também com a valorização do profissional da Educação", afirmou a docente.

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