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Frente Parlamentar debate projeto de sustentabilidade com setor produtivo rural

28 de Novembro de 2011 às 17:07
Crédito: Sérgio Rocha
Frente Parlamentar debate projeto de sustentabilidade com setor produtivo rural
Audiência 'Goiás Sustentável'
A Assembleia, através da Frente Parlamentar do Agronegócio, realizou audiência pública, na tarde desta segunda-feira,28, para debater o tema "Brasil Mata Viva, a Solução para um Goiás Sustentável". O evento teve à frente o deputado Valcenôr Braz e contou com representantes da SGPA, Emater, Idesa e Unesp. O desafio é conciliar desenvolvimento e preservação.

A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) da Assembleia Legislativa realizou, na tarde desta segunda-feira, 28, no Auditório Solon Amaral, audiência pública com o tema "Brasil Mata Viva, a Solução para um Goiás Sustentável”. O evento foi promovido em parceria com a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA).

O objetivo da audiência foi debater o programa de crédito de sustentabilidade “Brasil Mata Viva”, que tem a proposta de promover o desenvolvimento sustentável de Goiás, baseando-se na valorização dos serviços ambientais prestados pelas Reservas Florestais existentes em áreas preservadas.

A mesa foi composta pelo deputado Valcenôr Braz (PTB), que é secretário da Frente Parlamentar do Agronegócio; o diretor da SGPA, Ronan Antônio Azzi; o diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento Socioambiental-Idesa, Paulo Davila Ferreira; o professor da Universidade Estadual de São Paulo - Unesp, Dr.Vinício Martins de Nascimento; o coordenador técnico do padrão “Brasil Mata Viva”, Rodrigo Martinez Castro; e o conselheiro da Faeg, Luiz Becker Karst.

“A finalidade dessa audiência foi de dar conhecimento à sociedade do que está acontecendo em nosso Estado na área de sustentabilidade, seja de iniciativa do Governo, seja de iniciativa de empresas privadas”, afirmou Valcenôr Braz. O parlamentar ressaltou a importância de se apoiar o produtor rural para que sejam implantadas práticas de sustentabilidade, sem que estas prejudiquem a produção. “Nós defendemos a ideia de que a sociedade como um todo deve contribuir, e não apenas os produtores rurais. Hoje, o produtor rural já tem uma consciência muito diferente daquela de há 20 anos e já é quem tem mais interesse na preservação ambiental, pois ele se sustenta com isso”, afirmou o parlamentar.

A posição foi enfatizada pelo diretor executivo do Idesa, Paulo Davila. Para ele, "nunca conseguiremos realmente preservar nada se não tivermos o apoio do produtor rural. O projeto tem o intuito de ajudar o produtor, para que seja possível que ele participe dessa iniciativa”.

O diretor da SGPA, Ronan Antônio Azzi, salientou que a entidade vislumbrou vantagens para o produtor rural no programa "Brasil Mata Viva". “Nós teríamos condições de vislumbrar algum lucro. O risco para o produtor é zero”, frisou.

O projeto “Brasil Mata Viva” promove a adesão de proprietários rurais e inventário de suas propriedades a fim de que seja estimada a capacidade de neutralização de emissão de gases causadores do efeito estufa com a preservação de reservas florestais já existentes. “Nosso objetivo é fazer com que uma árvore em pé valha mais do que uma no chão”, afirmou Valcenôr Braz.

A Frente Parlamentar do Agronegócio foi lançada na Casa no dia 31 de maio. A proposta da FPA consiste na divulgação e na conscientização, tanto da população quanto do Governo de Goiás, sobre a importância do agronegócio para o Estado, além de contribuir de forma significativa com o desenvolvimento e crescimento do agronegócio em Goiás. Segundo Valcenôr, “a Frente e a Assembleia como um todo têm o interesse em preservar o ambiente, mas precisamos também investir no aumento da produtividade e no produtor”.

Comercialização

O programa Brasil Mata Viva consiste em utilizar a capacidade de neutralização da emissão de gases de efeito estufa com a preservação de reservas florestais já existentes em propriedades rurais. Essa capacidade é convertida em um documento de certificação, que poderá ser comercializado no mercado de neutralização de emissões dos gases.

O recurso advindo da comercialização é destinado ao proprietário da terra, pelo serviço de conservação, em compensação pela não exploração produtiva. Essa remuneração deve ser distribuída entre a adequação ambiental da propriedade, a introdução de tecnologias para conservação ambiental e a implantação do Núcleo Estratégico de Desenvolvimento Local, que vai propiciar a sustentabilidade do mecanismo de desenvolvimento da comunidade envolvida.

O programa já existe há cinco anos. Segundo o coordenador técnico do Brasil Mata Viva, Rodrigo Martinez, “ninguém corta porque acha legal, corta porque precisa de dinheiro. Por isso, é necessário que a área de floresta valha tanto quanto a área aberta”. O mecanismo de financiamento do programa é todo privado. “O produtor não paga para participar do projeto, as empresas privadas são quem fazem o processo acontecer. Desde o projeto até a comercialização, quem financia o Brasil Mata Viva é a iniciativa privada das empresas que pagam pelo crédito”, afirma Martinez.

O coordenador do projeto esclareceu aos produtores presentes que o programa se difere dos programas de comercialização e créditos de carbono porque vai além, sendo um comércio de créditos de sustentabilidade. Ele explicou que o valor médio que os produtores recebem é de 350 unidades de créditos de sustentabilidade por hectare a cada ano, sendo que a unidade do crédito vale atualmente 3,75 euros.

Para participar do programa, o produtor goiano deve entrar em contato com a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA). Além dela, são parceiras no projeto: Acieg, Emater, Imei Consultoria, Secretaria de Gestão e Planejamento, Secretaria de Indústria e Comércio, Secretaria da Agricultura, Secretaria de Meio Ambiente, Banco do Povo, Idesa, e BTAAB.

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