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Presidente da CPI quer parceria com CPMI do Congresso Nacional

11 de Maio de 2012 às 15:00
Crédito: Y. Maeda
Presidente da CPI quer parceria com CPMI do Congresso Nacional
Instalação dos membros titulares e suplentes
Presidente da CPI criada pela Assembleia Legislativa para investigar ligações de políticos goianos com a contravenção, o deputado Helio de Sousa diz que há a intenção de desenvolver os trabalhos em parceria com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada no Congresso Nacional. Na terça-feira, 15, haverá reunião para definir o cronograma de trabalho.

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Assembleia Legislativa para investigar ligações de políticos goianos com a contravenção, o deputado Helio de Sousa (DEM) disse na quinta-feira, 10 de maio, que existe a intenção de desenvolver os trabalhos em parceria com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada no Congresso Nacional. O alvo da investigação no Congresso é o empresário Carlos Cachoeira e sua relação com parlamentares, autoridades e empresas públicas e privadas, conforme investigação feita pela Polícia Federal, nas Operações Vegas e Monte Carlo.

“Vamos cobrar para que a CPMI de Brasília possa nos respaldar com documentos que sejam importantes para nós. Eles poderão aceitar ou não. Contudo, o importante é que nós vamos solicitar, porque um dos nossos objetivos é que a comunidade, tanto de Brasília, quanto de Goiás, tome conhecimento dos fatos”, explicou Helio de Sousa.

O deputado afirmou que, se for necessário, Cachoeira será convocado para depor na CPI da Assembleia, mas apenas no caso de as informações colhidas pela CPI do Congresso não serem satisfatórias. “No meu entendimento, há respaldo jurídico para isso. Entretanto, qualquer intimação ou convite será feito apenas após um parecer da Procuradoria da Casa, para que tudo seja feito dentro da lei”, ressaltou.

Helio de Sousa assinala que nenhuma convocação está descartada, nem mesmo a do senador Demóstenes Torres (sem partido), desde que haja vontade dos membros da Comissão e respaldo da Procuradoria da Casa. Uma das participações que ele dá como certa é a de Marconi Perillo. “O Governador já se colocou espontaneamente à disposição da CPI. Sua participação será importante para que ele próprio possa se defender das insinuações que estão sendo feitas”, esclareceu.

O democrata salientou que as convocações somente serão definidas após a análise dos documentos disponíveis. “Os principais documentos a serem analisados são os contratos da Gerplan, no âmbito do Estado, e os da Delta, no âmbito estadual e municipal (prefeituras). Prefeitos e ex-prefeitos que nos últimos anos fizeram contrato com a Delta poderão, obviamente, ser convocados.

O deputado deixou claro que a CPI não tem a finalidade de acusar, nem de penalizar ninguém. “Ela tem a finalidade de investigar. E essa investigação passa pelo direito de defesa de atos que possam ter sido cometidos, sejam eles lícitos ou não”, concluiu.

Cronograma
A CPI foi instalada na manhã de quinta-feira, 10, quando os deputados definiram Helio de Sousa como presidente, Mauro Rubem (PT) como vice, e Talles Barreto (PTB) para a relatoria. A primeira reunião de trabalho está marcada para a próxima terça-feira, 15, para a definição do cronograma.
 
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada para
investigar a possível ligação de políticos goianos com a contravenção, além de contratos firmados com a construtora Delta e a Gerplan, entre 1995 e 2012. Na sessão ordinária do dia 3 de maio, o presidente da Casa, deputado Jardel Sebba (PSDB), anunciou os nomes dos integrantes da comissão e confirmou a publicação no Diário da Assembleia, de 08 de maio de 2012, do Decreto Administrativo nº 2.511, datado de 07 de maio de 2012.
 
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