Programa Opinião
A TV Assembleia gravou debate com a participação do primeiro superintendente do programa Renda Cidadã, Edgard Lourencini; o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Renato de Castro e o jornalista Ranulfo Borges que, mediados pela também jornalista Luciana Martins, debateram sobre programas sociais. O debate está na programação da emissora.
O Renda Cidadã, criado em 2000 no primeiro mandato do governo Marconi Perillo, foi modelo para o programa federal Bolsa Família lançado posteriormente em 2003.
Segundo Edgard, o benefício estadual foi lançado com o objetivo de fortalecer os municípios além de dar dignidade às famílias. “Com o Renda Cidadã as famílias recebem o cartão magnético e, além de não terem que carregar o peso da cesta básica até suas casas, podem escolher por comprar os produtos que realmente necessitam”.
O deputado Renato de Castro enaltece a evolução do benefício mas questiona a dependência que ele causa. “Acredito que o Governo deve exigir mais da contrapartida dos beneficiados para diminuir a dependência. O benefício é temporário e não vitalício, as pessoas precisam entender isso”, alerta.
Um dos questionamentos levantados pelo jornalista Ranulfo Borges foi sobre a redução do número de beneficiados pelo Renda Cidadã, de 160 mil para 60 mil. O superintendente explica que além de o benefício ser temporário o Renda Cidadã, em alguns casos, foi estendido para o Bolsa Família que atende hoje em Goiás 340 mil pessoas, um número considerável.
Para o parlamentar, é necessário que as famílias de baixa renda tenham planejamento e acesso à educação para reduzir o número de filhos. “Vemos diariamente jovens menores de idade grávidas, com crianças de colo e mais dois, ou três filhos pequenos, sem moradia, sem trabalho, sem planejamento familiar nenhum. Precisam de informação e responsabilidade. A quantidade de filhos está inversamente proporcional ao poder aquisitivo o que é contraditório”, exclamou.
O debate continua na programação da emissora no canal 8 da NET e no Portal da Assembleia.