Defensora pública afirma que Estatuto da Criança é desrespeitado em muitos casos
Durante a 10ª Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga casos de Violação de Direitos da Criança e do Adolescente no Estado de Goiás e que está acontecendo esta manhã na Assembleia Legislativa, a defensora pública, Fernanda da Silva Rodrigues Fernandes, afirma que existem diversas dificuldades tanto no interior do Estado de Goiás, quanto na Capital. Para a jurista, muitos abrigos se negam a receber essas crianças e adolescentes vítimas de crimes de violação de direitos.
De acordo com a defensora pública, todo o regimento definido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente é desrespeitado em Goiânia e certamente no interior do Estado. Para ela, também existem casos em que a própria família, muitas vezes em condição de pobreza e rua, é proibida de ter contato com o menor abrigado.
Já relacionado a realidade existente na cidade de Cavalcante, Fernanda apresentou detalhes de como vivem as crianças e adolescentes nas unidades quilombolas.
“Estamos falando de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. No caso de Cavalcante, as crianças das unidades quilombolas caminham por cerca de duas horas para chegar até a escola. Lá não têm unidade de saúde. Essas crianças se abrigam em casas de desconhecidos e nesses locais se submetem a inúmeros atos de violação de direitos por pessoas que aparentemente ofereceram abrigo”, declarou a jurista.