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Deputados avaliam eleição de Eunício Oliveira para presidente do Senado

02 de Fevereiro de 2017 às 12:45

A eleição do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) para presidente do Senado e do Congresso Nacional para os próximos dois anos repercutiu na Assembleia Legislativa. Os deputados José Nelto (PMDB) e Luis Cesar Bueno (PT) avaliaram se a troca de comando no Parlamento brasileiro vai contribuir para a governabilidade do país.

José Nelto, que segue na liderança da bancada do PMDB na Casa, entende que Eunício vai dar equilíbrio à governabilidade, porque “não é chantagista como o seu antecessor”, referindo-se ao também correligonário Renan Calheiros (PMDB-AL). Nelto espera que este Eunício coloque em discussão e votação as matérias de interesse do Brasil, "sem chantagem". “Renan era chantagista”, enfatiza.

O líder do PMDB na Assembleia Legislativa espera que Eunício entenda o recado do povo nas urnas, que pede lei mais duras contra a corrupção. “Precisamos de mudanças no sistema penal frouxo, com um sistema carcerário contaminado, onde o bandido dá ordens; temos que promover com urgência as reformas tributária, política e da previdência; acabar com os supersalários, enfim moralizar o país para criação de empregos para as futuras gerações”, frisa Nelto.

Petista na Mesa Diretora

Sem tecer comentários sobre a eleição de Eunício Oliveira, Luis Cesar Bueno entende que a presença de um petista na Mesa Diretora do Senado é positiva. “O PT, que não tinha votos para eleger o presidente, aderiu a um consenso da proporcionalidade, ao exemplo do que acontece aqui na Assembleia. Com certeza, o companheiro José Pimentel (PT-CE) vai oferecer o melhor dele à frente da 1ª Secretaria do Senado.”

Sobre a governabilidade com o novo comando do Senado, o petista diz está difícil contribuir nesse sentido, haja vista que o presidente Temer obteve o maior índice de impopularidade em pesquisa realizada pelo Ibope/Data Folha, chegando a 82% de rejeição.

Bueno também entende que para conquistar governabilidade, o Governo Federal precisa recuar em muitas das iniciativas que pretende levar adiante, como a reforma previdenciária, que, por sinal, estava sendo arquitetada já no governo de sua corregligionária Dilma Rousseff (PT). O parlamentar diz que Temer adota uma política de exclusão ao quebrar as regras da Previdência, acabando, por exemplo, com aposentadoria aos 60 anos de idade, bem como com as aposentadorias especiais de professores e trabalhadores rurais.

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