Durante discussão de matéria na Ordem do Dia, o deputado Cláudio Meirelles (PR) ocupou a tribuna para protestar contra ofício que recebeu do presidente da Goiás Turismo, onde este diz que vai investigar seu trabalho como parlamentar. Segundo Meirelles, o recado seria uma retaliação por causa de uma CPI proposta na Assembleia Legislativa para investigar ações daquele órgão.  

Meirelles salientou que é dever dos deputados fiscalizarem as ações do Poder Executivo. “O deputado tem o direito de legislar. Está é uma função exercida pela Assembleia Legislativa. É característica do parlamentar de fiscalizar o Poder Executivo. Suas críticas são invioláveis. Chamo atenção dos deputados para se valorizarem”, disse o parlamentar.

O deputado obteve o apoio imediato de outros parlamentares ao seu pronunciamento, como Lissauer Vieira (PSB), Luis Cesar Bueno (PT), Santana Gomes (PHS) e Humberto Aidar.

“Temos a prerrogativa de fiscalizar o Executivo. Vamos investigar as ações da Goiás Turismo. Não vamos aceitar que pessoas queiram passar por cima das nossas prerrogativas”, disse Lissauer.

Santana Gomes também se solidarizou com Meirelles, mas salientou que este não é um ato de Governo. “É o ato de uma pessoa. O Governador jamais comungaria com essa ação”, afirmou.

Humberto Aidar também reforçou a autonomia do Poder Legislativo. “Antes de querer calar a boca dos deputados, tem de calar a boca do Ministério Público. Queremos fazer uma CPI em que o senhor possa esclarecer tudo que estão falando sobre ele. E pode ser pior do que o senhor imagina”, disse o deputado, enviando um recado direto ao presidente da Goiás Turismo.

Henrique Arantes (PTB) se declarou supreeendido com a falta de conhecimento das leis mostrada pelo presidente do órgão.