Programa Grande Expediente debate criação de CPI da Goiás Turismo
O programa Grande Expediente, da TV Assembleia, recebeu na tarde dessa quinta-feira, 27, ao vivo, no Plenário da Assembleia Legislativa, os deputados Humberto Aidar (PT) e Marquinho Palmerston (PSDB), integrantes da CPI da Goiás Turismo, para debaterem sobre a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito. A Comissão foi instalada hoje e visa investigar denúncias contra a estatal.
Humberto Aidar iniciou lembrando que o papel principal do deputado é o de fiscalizar o Estado e que ele, como autor da criação da CPI, já recebeu graves denúncias sobre agentes públicos envolvidos em irregularidades na Goiás Turismo, em esquemas de fraudes em licitações de shows e eventos em Goiás.
“Nenhum membro dessa CPI é contra a realização de shows. As pessoas merecem ter lazer, e cabe ao Estado oferecer. Agora, não dá pra contratar shows superfaturados, pagando até três vezes mais que o valor normal do artista. Queremos saber o critério na escolha dos artistas e por que, via Goiás Turismo, é tão mais caro”, enfatizou Aidar.
O deputado ressaltou ainda que a CPI é técnica e não política. Ponderou que não é do ramo do turismo e não tem ligação com pessoal da área, nem com o Governo de Goiás. “O presidente da Goiás Turismo, Leandro Garcia, se não tiver culpa e não estiver envolvido em nenhum esquema, tem que nos agradecer, pois terá a oportunidade de contradizer o TCE e o Ministério Público que são os responsáveis pelas denúncias que envolvem shows superfaturados. Queremos ouvir artistas, produtores de shows, servidores, servidores da licitação, testemunhas e denunciantes. Faremos uma investigação séria, mas sem caça às bruxas”, afirmou Humberto Aidar.
Marquinho Palmerston lembrou que a missão da Goiás Turismo não é só fazer show, mas incentivar e fomentar a cultura turística e o seu acesso a todas as pessoas. Disse ainda que o órgão está muito desvalorizado. “Goiás tem inúmeras cidades turísticas no interior e é possível trazer muitos visitantes com muitas opções de lazer. Quantos milhões são gastos com shows, que poderiam ser usados pra divulgar o Estado em grandes canais?", indagou. "Quando assinei concordando com a criação da CPI, foi por esse motivo”, disse.
O parlamentar fez questão de novamente reforçar que nenhuma membro da Comissão é contra a realização de shows no Estado, mas que, eventos superfaturados são motivos para apuração. “É normal que existam diferenças de valores numa contratação pelo Estado, pois o artista recebe depois de realizar o evento, mas as diferenças andam muito grandes e gritantes. Existem shows que num mês custam um valor e três meses depois, custam o triplo. Se existir algo errado na Goiás turismo, tenho certeza que o Governador será o primeiro a querer tomar medidas para concertar isso”, reportou.