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Adriana Accorsi e Major Araújo avaliam temas na área da segurança pública

06 de Fevereiro de 2018 às 18:47

Na abertura dos trabalhos legislativos no Congresso Nacional, nessa segunda-feira, 5, chamou a atenção o discurso do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), sobre o tema da segurança pública, que, segundo ele, será prioridade dos senadores em 2018. Dois deputados estaduais goianos particularmente ligados ao tema, Delegada Adriana Accorsi (PT) e Major Araújo (PRP), respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Goiás, falaram sobre a questão em entrevista à Agência Assembleia de Notícias.

A petista faz uma análise mais partidária ao dizer que é uma defensora árdua da segurança pública para todos os brasileiros, mas que não acredita em iniciativas de políticos que dão sustentação ao Governo Temer. “Está bem claro que precisamos discutir políticas de segurança pública, sobretudo de valorização do trabalhador da área, haja vista que este Governo já conseguiu retirar a aposentadoria das mulheres policiais. Não acredito nesses políticos que estão no poder”, ressaltou.

Major Araújo também não é muito otimista e afirma que a iniciativa do presidente do Senado, Eunício Oliveira, é apenas retórica, haja vista que desde 2010 o Executivo busca um sistema unificado com a participação de todos os entes federativos para permitir a operação conjunta de todos os órgãos de segurança pública e inteligência, mas sem sucesso. “De qualquer sorte, estamos torcendo para que essa comissão extraordinária, que será criada para deliberar sobre propostas de segurança pública, realmente funcione, porque o país carece muito de segurança pública”, frisou.

Araújo diz torcer pela aprovação de proposta que obriga a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios e construção de colônias agrícolas penais para presos de menor potencial ofensivo. "É um sonho antigo a unificação das polícias, que considero importante, haja vista que, até hoje, a Polícia Civil sonega informações sobre inquéritos que iriam contribuir muito para a Polícia Militar exercer melhor o seu trabalho de policiamento ostensivo. E a Polícia Militar sonega, às vezes, à Polícia Civil informações de seu serviço de inteligência que ajudariam no trabalho desta. A realidade é que, hoje, as duas políciais divulgam estatísticas diferentes e isso não pode continuar acontecendo.”

Em Goiás

No plano regional, os dois parlamentares discorreram também sobre a iniciativa do Governo de Goiás de convocar o ex-governador Irapuan Costa Junior para comandar a Secretaria de Segurança Pública do Estado — a posse dele está marcada para o próximo dia 15. Adriana Accorsi lembrou que Irapuan governou Goiás no período da ditatura militar, mas disse não conhecer as habilidades, do conhecimento dele sobre segurança pública. “E, para completar, ainda assume o cargo no final de Governo, por isso não dá para esperar nada dele. Agora, lamento bastante a demissão do Ricardo Balestreri, com experiência na área e um técnico extremamente capacitado”, sintetizou Adriana.

Major Araújo, por sua vez, é mais otimista e acredita que a presença de Irapuan na Segurança Pública do Estado pode, sim, promover alterações para melhor. “Já conversei com Irapuan e sinto que ele conhece da área, por isso espero que faça alguma coisa por Goiás, haja vista que são amplas as necessidades de medidas que não são feitas. Espero menos filosofia e mais ações práticas”, concluiu o parlamentar do PRP. 

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