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Plenário derruba requerimento sobre intervenção militar na Segurança Pública goiana

20 de Fevereiro de 2018 às 16:50

Protocolado na tarde de terça-feira, 20, pelo deputado José Nelto (MDB), requerimento que solicita intervenção federal na Segurança Pública do Estado de Goiás foi rejeitado em Plenário. Todos os parlamentares presentes votaram contra o pedido, menos os emedebistas Lívio Luciano e Wagner Siqueira. O documento foi o primeiro a entrar em votação durante a primeira Ordem do Dia desde o recesso parlamentar, iniciado em 22 de dezembro do ano passado.

Para justificar o pedido José Nelto argumentou que, de acordo com o Ministério da Justiça e com pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Estado de Goiás seria mais violento que o Estado do Rio de Janeiro, que teve intervenção militar decretada na Segurança Pública.

Ao subir à tribuna para encaminhar voto a deputada Isaura Lemos (PCdoB), posicionou-se contrária ao requerimento, apesar de pertencer à bancada de oposição, liderada por José Nelto. Ela argumentou que a intervenção militar na Segurança Pública carioca não teria sido decretada para combater a violência, e sim para fazer um espetáculo midiático. “Precisamos de políticas públicas sérias e permanentes, com investimento em inteligência para derrubar a rede que comanda o crime organizado”, finalizou.

Major Araújo (PRP), que também compõe a bancada de oposição, não acredita que a solução para a Segurança Pública seja uma intervenção federal, como proposto pelo requerimento. “Não temos ambiente para intervenção. Nossas polícias, militar e civil, trabalham com empenho e vontade. No nosso caso a culpa é toda do governador Marconi Perillo (PSDB). Este sim deveria sofrer uma intervenção. A violência é grande em Goiás porque o Governo não investe e nem se preocupa com essa Pasta”, explicou.

Também contrário ao requerimento o deputado Gustavo Sebba (PSDB), membro da base de apoio ao Governo do Estado, sugeriu que José Nelto enviasse requerimento ao seu correligionário, presidente Michel Temer (MDB), para tratar a Segurança Pública como um problema nacional, não repassando a responsabilidade da crescente violência aos Estados, que possuiriam menos recursos e possibilidades de combatê-la.  

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