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Divisão de Saúde da Alego relança campanha de combate à tuberculose

27 de Março de 2018 às 10:32
Crédito: Carlos Costa
Divisão de Saúde da Alego relança campanha de combate à tuberculose
Tuberculose tem prevenção tratamento e cura

A Divisão de Saúde e Promoção Social (DSPS) da Assembleia Legislativa (Alego) relançou, nesta terça-feira, 27, a Campanha de Prevenção e Tratamento da Tuberculose, realizada anualmente, no âmbito desta Casa de Leis. A iniciativa é voltada para os servidores e visitantes da Alego.

Segundo informado pela equipe de saúde do órgão, essa campanha vem sendo realizada na Casa há cerca de sete anos. Ela está relacionada à agenda da Organização Mundial de Saúde (OMS), que determinou a data de 24 de março como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. O departamento esclareceu ainda que a iniciativa segue determinações previstas no calendário da Secretaria de Estadual de Saúde (SES) para a luta contra a proliferação da doença.

A fim de alertar o público que circula internamente pela Casa, um folder contendo informações acerca das formas de prevenção e tratamento da doença está sendo distribuído no saguão da Alego.   

“A gente tem visto que as incidências de casos de tuberculose estão aumentando em Goiânia, nessa época, juntamente com outras doenças, como os surtos de H1N1 e dengue. Esses aumentos têm relação com o período das chuvas”, informa a chefe da Seção de Serviços Sociais da Alego, Neide Fátima de Castro.

“O retorno da tuberculose está diretamente relacionada à falta de cuidados devidos com a higiene”, alerta, por sua vez, o dr. Marcos Antônio Nogueira, diretor da DSPS. “As pessoas não se cuidam, começam a tossir sem parar e pensam que é gripe ou alergia. Daí quando se dão conta aquilo ali já virou uma infecção como a tuberculose, que é causada por uma bactéria. Para uma gripe evoluir para um tuberculose ou pneumonia não custa nada. Mas, no entanto, é uma doença difícil de virar epidemia por ser fácil de se combater”, observa.  

Segundo dados do Fundo Global Tuberculose Brasil, embora a doença seja tratável e evitável, ela ainda é responsável pela morte de 4,7 mil pessoas por ano no país.

A SES informa, em sua página oficial, que, no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), o Serviço de Controle da Tuberculose presta assistência hospitalar e ambulatorial aos pacientes e acompanhantes, trabalhando em conjunto com o Programa de Controle da Tuberculose (PCT) do Município e do Estado. De acordo com os dados do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH) da unidade, de 2013 a 2017, foram notificados 1040 casos da doença no HDT. A incidência maior foram nos anos de 2013 e 2017, ambos com 230 casos.

Os casos mais graves da doença pode levar o paciente à óbito, informa o doutor Nogueira. Ele ainda diz que tais situações, ainda que raras, acabam ocorrendo mais frequentemente com moradores de cidade do interior do estado. “Essas pessoas geralmente vão deixando a doença se agravar. O quadro, que se apresenta como uma simples gripe no começo, vai se complicando até comprometer todas as funções do organismo, principalmente as pulmonares”, destaca.

Os entrevistados defendem que campanhas educativas em locais de trabalho, como a que está sendo desenvolvida no caso em questão, ajudam no combate à enfermidade, uma vez que envolvem ambientes normalmente fechados, com baixa ventilação e incidência de luz solar, fatores que aumentam os riscos de transmissão da tuberculose e outras doenças infecto-contagiosas.


Sobre a doença

O Dia Mundial de Combate à tuberculose foi uma data criada em 1982 pela OMS em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrido em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch. Sendo uma enfermidade infecto-contagiosa, sua transmissão se propaga pelo ar, indo de uma pessoa à outra por meio de tosse ou espirro que contenha gotas de saliva de indivíduo contaminado com a bactéria da doença.  

A principal forma de prevenção da tuberculose segue sendo a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), que é obrigatória para recém-nascidos e bebês de até um ano de idade. A inoculação de dose única da vacina garante a imunização de crianças e adultos contra as formas mais graves da doença.

Para o caso de adultos não tenham sido imunizados quando criança e que vierem a contrair o bacilo da tuberculose, o tratamento é ministrado à base de antibióticos e pode durar até seis meses. O mesmo se aplica àquelas pessoas que, mesmo tendo sido vacinadas quando bebês, sejam portadoras de alguma enfermidade que restrinja o funcionamento normal do sistema imunológico, como as doenças autoimunes ou aquelas provenientes da presença do HIV (vírus causador da Aids) no organismo humano. Os medicamentos são fornecidos gratuitamente nas unidades de atendimento vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Os principais sintomas da doença são: tosse por mais de três semanas seguidas, com ou sem catarro; falta de apetite; perda de peso; cansaço; dor no peito; febre no final do dia e suor noturno. O diagnóstico pode ser feito a partir de amostras de saliva, hemograma ou radiografia do tórax.

A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e generalizada da doença. Porém, a bactéria causadora da tuberculose pode afetar também outras áreas do organismo humano, como, por exemplo, a laringe, os ossos e as articulações,a pele (lúpus vulgar), os gânglios linfáticos, os intestinos, os rins e o sistema nervoso.

Durante algum tempo houve a crença de que doença teria sido praticamente controlada e que estaria erradicada já na primeira década do século XXI. No entanto, o advento do HIV e da AIDS mudaram profundamente esta perspectiva. No ano de 1993, em decorrência do número de casos da tuberculose, a OMS decretou estado de emergência global e propôs tratamento supervisionado como estratégia para o controle da enfermidade.


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