Está em exibição pela TV Assembleia um documentário sobre a vida e obra do escritor Woldomiro Bariani Ortêncio. Na matéria ele, que é folclorista, culinarista, escritor e jornalista fala sobre sua trajetória e curiosidades como a invenção do prato peixe na telha. Bariani Ortêncio, de 95 anos, fala também sobre amor, sobre a morte de sua esposa, Ana Silva de Moraes, com quem foi casado por 67 anos. “Com o tempo o que fica é a convivência. Não é mais paixão, hoje eu chego em casa e ela está vazia”, disse.

Ele conta sobre seus mais de 50 livros publicados e os últimos 10 que escreveu neste ano e ainda não foram publicados. O dono da cadeira número 9 da Academia Goiana de Letras mostrou sua casa, seu fogão a lenha, seus títulos e suas receitas.

Bariani Ortêncio Nasceu em Igarapava (SP), próximo à Usina Junqueira, filho de Josefina Bariani e Antônio Ortêncio. Iniciou os estudos primários em 1930 e, no ano seguinte, conseguiu seu primeiro emprego nas Casas Pernambucanas.

Em 1938, mudou-se com a família para Goiânia e foi matriculado no Colégio Liceu, onde cursou o ginasial e o científico. Em 1941, entrou para o Tiro de Guerra. Em 1948, ingressou na Faculdade de Odontologia, mas não concluiu o curso. Estabeleceu-se como comerciante no bairro Campinas, com o Bazar Paulistinha, primeira gravadora de discos do Centro-Oeste, tendo gravado nomes como Lindomar Castilho. Ao longo de sua vida, exerceu diversas outras atividades: professor de matemática, comerciante, fazendeiro, industrial e minerador.

Escritor

A atividade como escritor começou ainda na infância, em Itaperava, no jornal estudantil "O Chicote". Em Goiânia, tão logo matriculou-se no Liceu, passou a escrever para o jornal estudantil da escola. Durante um período de mais de dois anos, redigiu crônicas para a Rádio Clube de Goiânia, às vezes, também, publicada no jornal "A Folha de Goyaz".

Bariani publicou seu primeiro livro em 1956, "O que foi pelo Sertão", pelo qual recebeu o prêmio Americano do Brasil, concedido pela Academia Goiana de Letras, instituição que o aceitaria como membro cinco anos depois, para a cadeira nº 9, cujo patrono é Antônio Americano do Brasil e que foi fundada por Pedro Cordolino Ferreira de Azevedo.

A entrevista está na programação da TV Assembleia, através do Canal 61.2, no sinal aberto. Na NET, ela vai ao ar pelo canal 8. Todos os programas também são disponibilizados no canal do YouTube.