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Henrique Arantes defende voto secreto para vetos do Governo

28 de Fevereiro de 2019 às 10:22

Durante a discussão de matérias desta quinta-feira, 28, o deputado Henrique Arantes (PTB) subiu à tribuna e registrou, primeiramente, seu voto pela derrubada de veto. “Gostaria também de pegar o gancho do deputado Humberto Teófilo (PSL) que disse acreditar que os votos de vetos do Governo devem ser abertos. Esse é um ponto de que discordo, mas, de qualquer forma, é uma orientação válida e boa para colocarmos na reforma para que os deputados votem o regimento da maneira que bem entenderem.”

Em justificativa ele disse que, dessa forma, haveria um “misto” de forma a contemplar a ideia de cada um dos parlamentares. “Eu posso vencer em alguns pontos, o senhor noutros [disse direcionado ao deputado Humberto Teófilo], mas o interessante é haver um regimento que abranja a todos”, pontuou.

Quanto ao motivo de achar que o voto do veto deva ser secreto, Arantes justificou dizendo que o eleitor também tem direito ao voto secreto. “Pode acontecer de parlamentares da base terem interesse em derrubar um veto do Governo, mas podem ficar constrangidos, irem contra o Governo e sofrerem retaliações. Esse é o principal motivo pelo qual defendo o voto secreto para o veto”, pontuou.

Ele disse ainda que, durante a gestão do Governo anterior, votou contrário à metade dos vetos. “Como era secreto, por este motivo, não sofri retaliações”, pontuou.

CPI

Henrique Arantes também falou sobre a CPI da Enel, protocolada por ele no Legislativo. “A partir desse momento em que o presidente instalou a Comissão, é esperar as bancadas indicarem os membros para que possamos nos reunir e colocar as diretrizes dessa CPI. Penso que seja de fundamental importância convocar algum diretor de obras e investimentos da companhia para explicar o que foi feito de investimentos.”

Ele ressaltou, também, que deseja criar um canal aberto com a sociedade para que a população possa fazer denúncias, críticas e sugestões. “Isso servirá para que nós, durante o inquérito, façamos as recomendações à empresa.” Segundo ele, é fundamental que as pessoas participem, ainda que de forma anônima: “Assim teremos subsídios para poder investigar a Enel”.

Arantes disse que durante a passagem de diretores da Enel no Legislativo, na segunda-feira, 25, eles não mencionaram a criação da CPI durante a conversa. “Eles sequer citaram essa palavra. Eles foram muito republicanos nesse ponto", disse o deputado, reforçando que se isso ocorresse a reposta seria dura.

O parlamentar reforçou que os dirigentes da Companhia trouxeram fotos que atestariam investimentos realizados no Estado desde que assumiram a gestão [do fornecimento de energia] e também falaram sobre a eventual melhoria do serviço ao longo desse período. Em aparte, concedido ao deputado Amauri Ribeiro (PRP), o parlamentar considerou que os dados são “adulterados” pela Enel. Ribeiro manifestou o desejo, se possível, de fazer parte da CPI que conduzirá as investigações.

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