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Rosângela Rezende traz a pauta dos lixões para a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Na tarde dessa terça-feira, 5 de setembro, a deputada Rosângela Rezende presidiu a reunião da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Casa, que foi pautada pela discussão ao redor dos aterros e lixões que existem no Estado. Para contribuir com a discussão na reunião que aconteceu na CCJ, a presidente da comissão convidou o diretor regional da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), Carlos Gáudio Fleury de Souza, apresentando o olhar da instituição sobre as questões ambientais em Goiás.
Entre as explanações, o diretor falou sobre a importância da regionalização de aterros legais para o cumprimento do Marco Legal do Saneamento, que prevê a desativação de todos os aterros ilegais e lixões no País até 2024. Segundo ele, muitos municípios não têm demanda o suficiente para custear e manter um aterro devidamente licenciado, mas isso não significa que eles devam ficar sem esses serviços ou recorrer aos lixões.
“Com menos de 80 mil habitantes é praticamente inviável, a conta não fecha. A despesa de hoje, não só de criação de um aterro legal, mas também de manutenção, fica inviável para populações menores. Por isso, a necessidade de ser regional, para atender todos os municípios”, explicou, na sua defesa, pois as estratégias devem ser feitas em uma união entre a iniciativa privada e gestores municipais.
O valor dos resíduos
A deputada Rosângela Rezende destacou a importância de enxergar nos resíduos algo de valor, que faz a diferença na economia e que tem potencial para gerar muito mais emprego e renda em Goiás. Além do potencial energético, como a transformação de resíduos em briquetes para a queima em usinas de energia, a parlamentar ainda evidenciou a relevância para o estímulo do desenvolvimento do mercado brasileiro de redução de carbono e o pagamento de serviços ambientais.
“Sem falar nos projetos de leis que tramitaram aqui na Casa, sobre questões ambientais, sobre os desmatamentos, sobre a questão de aderir ao Consórcio Brasil Verde. Isso faz com que, futuramente, a gente possa usar isso como crédito de carbono ou crédito de reciclagem. Lixo é economia. Temos que juntar esforços para levar esse debate até os prefeitos para que os municípios possam cumprir as normas e os prazos de encerramento com um trabalho adequado e a tempo”, afirmou a deputada.