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Catadores nos lixões é realidade na maioria dos municípios

18 de Outubro de 2007 às 18:24

O engenheiro sanitarista da Agência Goiana do Meio Ambiente, Osmar Mendes, afirmou que na maioria dos municípios goianos há pessoas usando os lixões como fonte de alimento e renda. O sanitarista disse esta tarde, em sua palestra no 1º Seminário de Resíduos Sólidos no auditório da Celg, que dos 175 municípios  inspecionados pela Agência Goiana do Meio Ambiente, em 106 havia catadores em aterros ou lixões a céu aberto.

A Agência Ambiental, segundo Osmar, vem monitorando a disposição de lixo nos municípios goianos desde 1992. Apenas em 2005 passou a enviar mensalmente à Agência Goiana Regulação (AGR) os índices de desenvolvimento dos municípios relacionados a saneamento urbano e coleta de lixo, o que, conforme o sanitarista, se tornou tarefa inviável. Em 2006 a Agência Ambiental adotou uma metodologia diferente para tentar cobrir os 246 municípios, enviando dados anuais à AGR.

Os dados mais recentes levantados pela agência mostram que dos 175 municípios visitados 69% adotam o lixo à céu aberto, o chamado lixão. As modalidades de disposição de lixo consideradas mais seguras, o aterro controlado e o aterro sanitário foram identificadas, respectivamente, em 26% e 5% dos municípios goianos.

Osmar Mendes considera o cenário ainda mais preocupante uma vez que, estatisticamente, não houve melhorias nos sistemas de distribuição dos resíduos sólidos urbanos. O engenheiro sanitarista afirmou que, para os municípios que não têm muitos recursos para implantar aterro sanitário, o aterro controlado ainda é uma boa alternativa.

O palestrante culpa a fragilidade das políticas públicas voltadas para questões do saneamento urbano. Osmar Mendes sugere programas de capacitação de técnicos com habilitação para gerenciamento dos serviços de limpeza pública e para operação de destinação de resíduos sólidos nos municípios.

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