Relatos sobre violência contra mulheres são ignorados e até mesmo negligenciados pelas pessoas. As vítimas carregam para sempre as marcas da agressão em seus corpos e no seu emocional, causando transtornos por toda a vida.

A Defensoria Pública, órgão que atua para reduzir as desigualdades e violência nesses casos de violência feminina, oferecendo proteção jurídica e segurança. Com o objetivo de ampliar o alcance de seus programas protetivos e mostrar o trabalho de resgate, empoderamento e fortalecimento das mulheres, a Defensoria Pública, juntamente com o deputado Coronel Adailton (Progressistas) e a seção de Atividades Culturais, organizou a exposição fotográfica “Em Defesa Delas”, aberta nesta tarde na Assembleia Legislativa.

A abertura da mostra aconteceu na tarde dessa terça-feira, 15, no saguão da Assembleia Legislativa e contou com a presença do defensor público geral de Goiás, Domilson Rabelo da Silva, da coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção de Mulheres, Gabriela Marx Rosa, e do deputado Coronel Adailton.

Ao todo são expostas 10 fotos de mulheres com os seus relatos em textos sobre a sua história de violência e superação. As fotos ficarão expostas até quinta-feira, 17, no saguão da Assembleia. As mulheres foram captadas pelas lentes das fotógrafas Regina Esteves, Mariana Borges, Ludmilla Oliveira e Gisele Soares. As fotos foram tiradas sem nenhum custo, com a participação voluntária das mulheres, modelos de coragem e superação.

Segundo Domilson, o projeto nasceu de uma iniciativa da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos. “A cada ano tem uma atuação temática, e a de 2019 é em defesa das mulheres. Em maio, no mês da Defensoria Pública, nasceu esse projeto fotográfico, cujas modelos cederam suas histórias como pauta de resgate de outras pessoas”, afirma o defensor.

Em discurso, Domilson falou sobre a importância da Defensoria Pública em garantir direitos às pessoas e oferecer proteção às mesmas.  A também defensora pública, Gabriela Max comenta que a exposição é um instrumento de superação dessas mulheres. De acordo com ela, a mostra é uma motivação para que elas se resignifiquem e conscientizem a sociedade, visto que essa violência não é invisível.

“A ideia de trazer para a Alego veio para dar mais acessibilidade ao projeto e fazer com que mais pessoas saibam da exposição. As mulheres que foram fotografadas estão em um estágio bom de superação. A mudança de um ano para cá é nítida. Elas sentem muito bem e empoderadas”, completa Gariela Max.