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Lançamento do Fórum Goiano de Mulheres na Política em instantes, às 8h30, no auditório Costa Lima

07 de Novembro de 2019 às 07:35

Será às 8h30, no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o lançamento do Fórum Goiano de Mulheres na Política. Realização do Conselho Estadual da Mulher (Conem), o evento tem apoio da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT). O tema em debate é “Estimular Mulheres na Vida Política”.

Além da presidente do Conem, Ana Rita Marcelo de Castro, e de Adriana Accorsi, espera-se a participação da deputada Lêda Borges (PSDB). Estão convidadas para o evento: Lúcia Vânia, secretária de Desenvolvimento Social do Estado de Goiás; secretária de Políticas para as Mulheres da prefeitura da Capital, Ana Carolina Nunes de Souza Almeida; e a superintendente da Secretaria da Mulher, Rosi Guimarães.

O fórum é uma articulação de mulheres oriundas de movimentos sociais e partidos políticos e tem caráter suprapartidário. O objetivo é fortalecer e ampliar a presença feminina nos espaços de poder e decisão, bem como garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades, direitos, cidadania, acesso a bens e políticas públicas para a pluralidade de grupos sociais que compõem a sociedade.

A programação do evento será composta por dois painéis. O primeiro será “Mulher, poder e diversidade”, com a professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e do Instituto Federal de Goiás (IFG), Janira Sodré; a ex-vereadora e secretária de Pessoa com Deficiência e Mobilidade reduzida de Goiânia, a psicóloga e presidente do Fórum de Transexuais, Beth Fernandes; e a ex-deputada estadual e secretária de Políticas para Mulher e Igualdade Racial do Estado de Goiás, Denise Carvalho.

Já o segundo painel aborda os desafios e perspectivas da mulher nos espaços de poder. Farão parte do debate a jornalista Cileide Alves, a vereadora de Goiânia Cristina Lopes (PSDB), e as prefeitas Zélia Camelo (PP), de Itapirapuã, e Narcia Kelly (PTB), de Bela Vista.

História

No Brasil, as mulheres passaram a ter direito ao voto no ano de 1932. A data é considerada um marco histórico fundamental nas conquistas femininas. O fórum é formado justamente a partir da necessidade de enfrentar e superar as disparidades existentes entre homens e mulheres no país, realidade que coloca as mulheres em desvantagem econômica, social, política e cultural.

Nos dias atuais as mulheres são cerca de 16% dos parlamentares. Em uma perspectiva comparada, entre 140 países analisados pela ONU, o Brasil está no 108º lugar em relação à representação da mulher no Parlamento. No estado de Goiás, em 2016, 315 mulheres foram eleitas para as câmaras municipais, o que corresponde a 15% da quantidade dos parlamentares, em contrapartida, 2.180 homens foram eleitos, ou seja, 85% do total de vagas.

Goiás possui 71 cidades que não elegeram mulheres para a Câmara Municipal e outros 80 municípios elegeram só uma mulher entre os vereadores. Na Alego as mulheres representam apenas 5%, ou seja, são apenas duas, compartilhando o espaço com 39 homens. Dos 17 deputados federais eleitos apenas duas são mulheres e das três vagas para o senado, nenhuma é ocupada por lideranças femininas. Os dados acima evidenciam que a sociedade brasileira possui um grande desafio pela frente: reconhecer, valorizar e inserir de forma igualitária as mulheres nos espaços de decisão.

A igualdade de gênero é descrita no Artigo 5º da Constituição Federal de 1988, ou seja, esse conceito está inserido no Princípio da Igualdade, também conhecido como Princípio da Isonomia, a igualdade de gênero é um dos pilares para construção de uma sociedade verdadeiramente igual, justa e democrática. O reconhecimento de uma sociedade que sistematicamente discrimina mulheres por seu gênero desperta a necessidade de alterar essa situação.

Apesar da legislação específica, que supostamente garante a presença feminina na política, o Brasil amarga intensa desigualdade quanto às condições de participação das mulheres. É nesse sentido, que o Fórum Goiano de Mulheres na Política alicerçará sua atuação, com a pretensão de alcançar a igualdade de gênero e empoderar mulheres para o exercício legítimo em instâncias partidárias, no parlamento, no poder executivo, ou seja, todos os espaços deliberativos para que a construção de alternativas e ações em pró da cidadania integre todos, independentemente de sexo, idade, raça/etnia, credo religioso ou região territorial.

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