Diego Sorgatto propõe colocação de telas de proteção no espaço aéreo de unidades prisionais
Colocação de telas de proteção em espaço aéreo nas unidades prisionais, no âmbito do estado de Goiás. É o que dispõe o projeto de lei do deputado Diego Sorgatto (DEM), que tramita na Assembleia Legislativa, sob o número 2534/20.
De acordo com a redação da propositura, as unidades prisionais do estado de Goiás, administradas pelo poder público municipal ou estadual, passarão a possuir em seus espaços e limites, onde funcionam os locais destinados a banho de sol, recreação e afins, telas de proteção aéreas que impossibilitem o pouso ou acesso de drones, pipas, animais ou qualquer outro meio, bem como arremesso de objetos que permitam a entrada de itens proibidos naquela Instituição Prisional.
A tela de proteção mencionada na matéria deverá estar conforme a regulamentação estabelecida na norma técnica ABNT/ NBR 16046 e suas divisões. O projeto ainda prevê que o Poder Executivo regulamentará, no que couber, a presente medida, objetivando sua melhor aplicação.
“Infelizmente, a maioria das unidades prisionais em nosso estado mostram-se frágeis no item segurança, somando-se ao fato de que o espaço aéreo em seus limites, tornou-se vulnerável à presença desses aparelhos (drones), lamentavelmente, agora também utilizados pelas organizações criminosas, com o intuito de levar para dentro dos presídios drogas, armas e aparelhos celulares. Por fim, em que pese a existência de tecnologias e softwares capazes de detectar a aproximação desses equipamentos, a implantação de grades ou telas que impossibilitem seu pouso, ou ainda, que impeçam o arremesso de objetos para o interior dos estabelecimentos prisionais, será de custo infinitamente menor e de funcionalidade imediata e ininterrupta”, explica Diego Sorgatto.
De acordo com sua justificativa, a utilização da tecnologia demonstra que cada vez mais se afunilam as soluções para o arremesso de drogas e celulares. "A quantidade de itens apreendidos com os aparelhos voadores é significativa e demonstra a ousadia da criminalidade ao diversificar a estratégia para colocar ilícitos dentro das casas prisionais. Cerca de 80% dos equipamentos são abatidos à noite e muitos possuem tecnologia de ponta, sem contar as práticas de arremessos desses objetos por meios menos tecnológicos, como pipas e animais", diz o texto.
“Por estas razões, entendo ser de extrema relevância a medida ora proposta, pela necessidade de combater o acesso de drogas e aparelhos celulares nos presídios. Por isso, a utilização de telas de proteção nos espaços aéreos dessas unidades prisionais funcionariam como um eficaz instrumento de prevenção e combate ao crime que tem assolado o estado, beneficiando assim toda a sociedade e aperfeiçoando nossa legislação. Assim, solicitamos o auxílio dos nobres pares para aprovação deste projeto de lei”, justifica.
O projeto de lei tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e será relatado pelo deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania).