Ícone alego digital Ícone alego digital

Assembleia aprova alteração ao regime previdenciário estadual

25 de Agosto de 2020 às 18:00
Crédito: Hellenn Reis
Assembleia aprova alteração ao regime previdenciário estadual
Sessão extraordinária remota
O Plenário aprovou na tarde dessa terça-feira, 25, em sessão remota, dois projetos de lei de autoria da Governadoria, um em primeira fase de discussão e votação e um em votação única. Por 21 votos favoráveis e 10 contrários, os deputados aprovaram a segregação da massa de segurados do Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Goiás (RPPS/GO). A segunda matéria aprovada é a que trata da indicação de Paulo Tiago Toledo Carvalho para compor o conselho da AGR.

A Assembleia Legislativa aprovou na tarde dessa terça-feira, 25, durante a votação da Ordem do Dia, em sessão extraordinária remota, dois projetos de lei de autoria da Governadoria do Estado, um em primeira fase de discussão e votação e um em votação única.

Primeiramente, foi aprovado por 21 votos favoráveis e 10 contrários, o projeto de lei de nº 3323/20, que dispõe sobre a segregação da massa de segurados do Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Goiás (RPPS/GO). O texto original da matéria aponta que a segregação de que trata a proposta consiste na separação dos recursos destinados ao custeio da Previdência dos servidores estaduais em dois fundos distintos.

O projeto estabelece uma separação dos recursos destinados ao custeio da previdência dos servidores estaduais em dois fundos distintos: o Fundo Financeiro, que é subdividido em Fundo Financeiro do RPPS e Fundo Financeiro dos Militares; e o Fundo Previdenciário. De acordo com o Governo, o objetivo da mudança é equacionar o déficit atuarial.

Para isso, a proposta prevê a criação pareada de um Fundo Previdenciário sob o regime de capitalização. "Embora cause a alocação de servidores ativos e aumente o déficit previdenciário em curto e médio prazo, reduz os esforços estatais para realizar o pagamento da folha previdenciária", justifica a Governadoria.

O projeto também abre a possibilidade de o Estado de Goiás aderir a um plano de benefícios de outra entidade de previdência complementar, além da Prevcom, desde que promova o encerramento daquele ofertado pela atual entidade gestora.

O Governo justifica que a medida visa a redução de custos administrativos e gera ganho de eficiência na adoção desse modelo previdenciário. De acordo com a Secretaria de Economia, o Estado efetua, por meio de adiantamento de contribuição, quase a integralidade do custeio administrativo da Prevcom, que atualmente possui receita anual própria de apenas R$ 162.000,00.

Ainda de acordo com a Economia, o valor é insuficiente para custear a despesa da Prevcom, que, atualmente, é de R$ 4.000.000,00 por ano, aproximadamente. “Portanto, a adoção de um plano de benefícios oferecido por entidade diversa pode reduzir custos administrativos, com a manutenção do equilíbrio atuarial, sem comprometer o orçamento público, além do propósito de ofertar uma previdência complementar”, justifica o projeto.

Voto em separado

Antes da votação do projeto, os deputados rejeitaram a emenda da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) ao processo nº 3323/20. A emenda foi rejeitada por 19 votos favoráveis a cinco contrários.

Tramitação

A matéria foi relatada pelo deputado Álvaro Guimarães (DEM), que deu parecer favorável, e diversos parlamentares apresentaram voto em separado. No entanto, o líder do Governo, Bruno Peixoto (MDB), pediu vista e, em seguida, apresentou voto em separado rejeitando todas as emendas apresentadas na reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), do último dia 18.

As mudanças no regime de Previdência geraram discussões entre os parlamentares. "Todos nós sabemos que a capitalização foi debatida e não foi aprovada na reforma da Previdência em nível federal. Agora, querem a ferro e fogo enfiar a capitalização no estado de Goiás. Em nenhum momento o Governo apresentou o cálculo atuarial para sabermos qual é o déficit da Previdência", disse Antônio Gomide (PT).

O deputado Delegado Eduardo Prado (DC) também criticou alguns pontos da proposta. "Do jeito que está o projeto, o servidor vai perder totalmente os recursos aplicados. Também permite ao Governo, em qualquer momento, aumentar a alíquota para sanar o déficit". Adriana Accorsi classificou a mudança como "cruel". "Mais uma crueldade com os servidores, pois a capitalização não deu certo no mundo inteiro onde foi feita, nem na reforma nacional ela foi aprovada", ressaltou.

Durante a votação da matéria, o presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSB), em resposta a questionamentos de deputados da oposição, afirmou que a proposta foi amplamente discutida pela Procuradoria da Casa e pela sua equipe técnica, e também pelo Tribunal de Justiça, Ministério Público e todos os órgãos complementares e autônomos do Estado. “A matéria foi encaminhada (para a Assembleia) conforme solicitação desses órgãos e poderes.

Lissauer disse ainda que o Governo, por meio da GoiásPrev, encaminhará à Alego algumas propostas complementares logo após a votação do projeto de lei em debate. “Mas tudo já dentro de um acordo com todos os poderes. A matéria não tem polêmica, pois todos os pontos polêmicos foram retirados (do texto)", garantiu.

Conselho da AGR

Ainda nessa tarde, os deputados aprovaram, com 23 votos a favor e nenhum contrário, o processo nº 3741/20, que indica o nome de Paulo Tiago Toledo Carvalho para o cargo em comissão de conselheiro, DAS-3, do Conselho Regulatório da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR). Ele passou por sabatina na CCJ, onde também foi aprovado.

 

Agência Assembleia de Notícias
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.