Há 70 anos, Alego aprova lei que resultou na criação do Banco do Estado de Goiás, popularmente conhecido como BEG

Há 70 anos, em 1951, após meses discutindo a proposta, os deputados estaduais goianos aprovaram a matéria que resultou na Lei Estadual nº 586, a qual criou o Banco do Estado de Goiás (BEG). Na época da aprovação da então propositura, o presidente da Assembleia Legislativa era Sebastião Gonçalves de Almeida, do PSD, partido que seria extinto no fim dos anos 60 pela Ditadura Militar.
O texto da referida lei dizia que ficava autorizado o Poder Executivo a constituir uma sociedade por ações, com sede e foro em Goiânia, sob a denominação Banco do Estado de Goiaz S/A. Depois a grafia do Estado mudaria para a forma atual, nos anos 60.
A intenção de se criar o BEG era praticar todas as operações de créditos permitidas pela legislação federal em vigor. O capital inicial do banco era de 50 milhões de cruzeiros (para efeito de comparação, o salário mínimo daquele ano era de 1 mil cruzeiros).
A lei também autorizava o Estado a aumentar o capital do BEG, participar da subscrição de ações para aumento de capital de sociedades bancárias, assegurando ao Estado o controle das atividades do banco, além de permitir ao Executivo a aquisição da totalidade ou maioria das ações ordinárias, podendo, inclusive, abrir créditos especiais.
Apesar de a lei ter sido promulgada em 1951, demorou quatro anos para que o banco começasse a operar. Ele acabou “abrindo as portas”, pela primeira vez, em 18 de maio de 1955. Quando iniciou as suas operações, o BEG tinha agências nas seguintes cidades: Goiânia, Cidade de Goiás (antiga capital do Estado), Anápolis, Ceres, Ipameri e Nerópolis.
Em maio de 1999, o BEG foi federalizado. Pouco antes da federalização, a instituição contava com 268 pontos de atendimento, sendo 152 agências bancárias e 116 postos de serviços, em 188 municípios goianos, além de agências em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Em dezembro de 2001, o BEG foi vendido pela União em um leilão de privatização na bolsa de valores do Rio de Janeiro, cujo valor inicial era de R$ 300,72 milhões. Ele foi adquirido pelo banco Itaú, por R$ 665 milhões.