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Aquisição de vacinas

18 de Março de 2021 às 19:00
Crédito: Ruber Couto Baixar imagem
Aquisição de vacinas
Presidente Lissauer e líder Bruno Peixoto
Na 1ª sessão extra desta quinta-feira, 18, Lissauer respondeu a questionamentos de deputados sobre a compra de imunizantes e elencou ações do Executivo estadual. "O Governo não está inerte", garantiu o presidente.

O presidente do Legislativo goiano, deputado Lissauer Vieira (PSB), pediu a atenção dos pares, durante a primeira sessão extraordinária remota realizada nesta quinta-feira, 18, para elencar algumas ações do Governo estadual em prol da aquisição de vacinas contra a covid-19. As manifestações do presidente ocorreram após diversos parlamentares cobrarem mais agilidade do Executivo goiano para viabilizar a aquisição dos imunizantes, no intuito de ampliar a vacinação em Goiás. 

Lissauer disse que o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, esteve em contato com todos os laboratórios, inclusive com a distribuidora no Brasil da vacina indiana Covaxin, da Bharat Biotech. “E essa distribuidora, a Precisa Medicamentos, afirma que não está negociando com governadores e prefeitos ou entidades privadas. Ou seja, toda prioridade é do Governo federal", explicou.

O presidente também revelou que o secretário de Saúde enviou a ele uma relação com todas as intenções de compra do Estado junto aos laboratórios produtores do medicamento. E também leu, em Plenário, um esclarecimento emitido pela empresa Precisa Medicamentos. 

“A Precisa Medicamentos esclarece que está empenhada em atender com prioridade absoluta aos termos definidos em contrato com o Ministério da Saúde, bem como a todas as exigências regulatórias da Anvisa, requisitos obrigatórios para, no menor prazo possível e dentro das normas legais, ocorrer a entrega das vacinas e sua liberação para uso no Brasil detro do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 implantado pelo Ministério da Saúde”, disse ao ler um trecho do comunicado.

Depois, continuou: “A Precisa Medicamentos esclarece que não está negociando com governos estaduais, prefeituras municipais, consórcios de estados ou municípios, secretarias de saúde estaduais ou municipais, bem como não está negociando contratos de pré-venda para entidades privadas e não nomeou, autorizou ou credenciou nenhuma pessoa física ou jurídica a estabelecer qualquer negociação neste sentido”.

Líder do Governo

Instantes antes da manifestação do presidente, o líder do Governo na Alego, deputado Bruno Peixoto (MDB), também tinha respondido aos parlamentares que questionaram a suposta morosidade do Governo. “Nós estamos agindo para adquirir vacinas, mas os laboratórios estão informando que a prioridade é para o Governo Federal. Não há omissão, pelo contrário há uma atuação, uma ação muito forte para aquisição do medicamento”, enfatizou.

“Nós aqui não somos base ou oposição, estamos todos unidos para juntos superarmos essa pandemia. Estamos trabalhando. Nosso governo não está inerte. Ele está atuando por meio de ações reais e concretas. Essa pressa é de todos, mas é preciso entender que não há disponibilidade imediata para nenhum governador ou prefeito”, finalizou o Peixoto.

Contraponto

A deputada Lêda Borges (PSDB) esteve entre os que fizeram questionamentos e apontaram sugestões sobre a maneira que o Governo de Goiás deve conduzir questões relacionadas às vacinas. Ela não só demonstrou preocupação com a baixa oferta dos imunizantes como também defendeu maior agilidade por parte do Estado para viabilizar a aquisição de novas doses. “Se não corrermos para entrar numa lista (de compra de vacinas) jamais vamos conseguir. Precisamos correr como os outros estados e municípios. Dinheiro tem. Portanto, precisamos avançar nessa questão", cobrou.

Outro a se pronunciar sobre o assunto foi o deputado Talles Barreto (PSDB). Ao discursar, o tucano reforçou que Goiás tem uma estrutura enorme e fantástica como a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), referência no País como produtora do coquetel da Aids, e que poderia, em um futuro próximo, produzir vacina para o estado e para o Brasil. “Porque o Governo não faz um estudo, não começa a fazer avanços em tecnologia e ciências no estado? Três universidades federais no País estão avançadas em relação à vacina. Porque não podemos trabalhar nesse sentido?”, questionou.

Por sua vez, a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) pediu pela compra em massa de novas doses. "Todos os países empenharam esforços desde o início da pandemia para buscar vacinas. Ontem recebemos mais de 134 mil doses, mas isso é ínfimo. Estamos vendo todos os dias jovens e crianças morrendo, não há mais vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Minha fala é por toda a população de Goiás, que segue angustiada diante dessa situação", frisou Adriana.

Outras ações do Executivo

Durante a sua manifestação, o presidente Lissauer Vieira mencionou outras iniciativas positivas do Governo de Goiás nas questões relacionadas às vacinas. De acordo com ele, recentemente, a primeira-dama do estado, Gracinha Caiado, participou de uma videoconferência com o grupo “Unidos pela Vacina”, liderada pela empresária Luiza Trajano.

Conforme Lissauer, o grupo tem feito um levantamento, via questionário, sobre a situação de todos os municípios brasileiros para que possam, de maneira estruturada, entender a realidade de cada região a partir da filtragem dos dados. “Inicialmente, apenas oito prefeituras haviam respondido esse questionário. A partir do momento em que a primeira-dama entrou, hoje, quinta-feira, mais de 200 prefeituras já responderam esse questionário só em Goiás”, pontuou.

Por fim, o presidente da Alego enalteceu o a atuação do secretário de Saúde, ressaltando que Ismael Alexandrino tem feito um trabalho exemplar. “Conhece a saúde pública e da mesma forma age o governador Ronaldo Caiado (DEM), sempre querendo salvar vidas. Não tenham dúvida que ele vai ser um dos primeiros governadores a comprar os imunizantes assim que houver disponibilidade”, asseverou Lissauer.

Agência Assembleia de Notícias
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