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Psicóloga Rejane Ferreira comenta sobre os riscos do etarismo para a saúde mental dos idosos

28 de Março de 2023 às 11:08

A psicóloga e neuropsicóloga, Rejane Ferreira, terceira palestrante a falar no 1º Fórum Legislativo de Gerontologia, explanou sobre o etarismo e as consequências para a saúde mental das pessoas com idade superior. Ela explicou inicialmente que etarismo, também chamado de ageísmo, é o preconceito motivado pela longevidade.

Rejane esclareceu que a falta de conhecimento profundo sobre a idade é responsável por associar a idade avançada a dores, sofrimentos, perdas e morte, e que este é um pensamento arcaico. A psicóloga apontou, também, que é comum a generalização, mas que os idosos não são todos iguais. Ela salientou que a base do etarismo é o medo interno do processo. “O que não vejo como possível para mim, também é impossível no outro. Logo, se eu vejo como impossível o envelhecimento, eu projeto na senhora ou no senhor, a impossibilidade de envelhecer”, disse. Rejane apontou, também, que é preciso ter consciência para compreender que frases como “você não tem mais idade para isso”, “você parece mais jovem”, “como você tem coragem de fazer isso nessa idade?”  e “desculpe perguntar, mas qual sua idade?”, embora sem intenções maldosas, são formas veladas de etarismo.

A profissional comentou, também, que organicamente o cérebro envelhece como qualquer outro órgão do corpo, mas isso não pressupõe a redução da capacidade cognitiva. Logo, ela aponta que agir do pressuposto que idosos e jovens não conseguem estabelecer uma conexão e dialogar de igual para igual, devido ao pensamento de “ele não acompanha meu raciocínio”, é uma prática errônea que afasta, ainda mais, os mais velhos do convívio social e podem intensificar as práticas do etarismo, inclusive agressão física e eventuais óbitos.

Para concluir, Rejane apontou que compreender sobre a senescência, trazer o tema para debates, otimizar as oportunidades para a saúde, segurança e participação social são assuntos fundamentais que precisam ser tratados com urgência para mitigar o preconceito contra as pessoas mais velhas. “O que é limite, o que é possível, é muito subjetivo. É preciso flexibilizar os conceitos que envolvem o tema”, disse.

Agência Assembleia de Notícias
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