Antônio Gomide diz que dados de desmatamento em Goiás são alarmantes
Na manhã desta terça-feira, 30, a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realiza uma audiência pública com o intuito de discutir políticas públicas e diretrizes para o combate ao desmatamento em Goiás. O evento foi proposto pelo deputado Antônio Gomide (PT), que enfatizou a importância de se abordar esse tema urgente e promover mudanças por meio da legislação.
O petista destacou que a Assembleia Legislativa é o espaço para discutir e modificar leis, o que pode resultar em melhores resultados na questão do desmatamento. “É necessário debater o meio ambiente, uma vez que a fragilidade ambiental afeta a preservação da fauna e das bacias hidrográficas”, disse, reforçando a importância da audiência e elogiando a tecnologia apresentada pela Universidade Federal de Goiás, na audiência, que permite o mapeamento preciso do desmatamento em cada cidade do estado.
O parlamentar destacou os alarmantes números do desmatamento em Goiás nos últimos três anos, com uma média de 30 mil hectares desmatados anualmente. “Diante desses números, afirmo que é preciso planejamento e direcionamento, por parte do governo estadual, para evitar a fragmentação das áreas preservadas.”
Gomide reforçou que é preciso discutir a intenção do governo em relação à preservação ambiental e promover um debate aberto sobre o tema. Ele destacou a preocupação com a falta de fiscalização adequada, citando dados do jornal 'O Popular", que apontam que dois terços das áreas desmatadas em Goiás não foram fiscalizadas. “Apenas 12 fiscais atuam nesse trabalho, o que é insuficiente para garantir a efetividade das ações de combate ao desmatamento.”
Ele enfatizou a necessidade de uma mudança de comportamento e destacou que a ministra do Meio Ambiente [Marina Silva, do partido Rede] abre a possibilidade de um novo direcionamento e uma postura mais rígida contra o desmatamento. O deputado manifestou sua preocupação em relação a um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa, que pode afetar ainda mais a fiscalização e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em Goiás. Ele alertou para os possíveis prejuízos dessa proposta e ressaltou a importância de debater amplamente o assunto antes de votar o projeto.
Antônio Gomide encerrou sua participação na audiência reforçando a necessidade de preservação do bioma Cerrado e a importância de proteger a flora, a fauna e as bacias hidrográficas do estado. Ele ressaltou que é fundamental que agentes políticos, sociedade organizada, universidades e Poder Executivo atuem de forma conjunta para conter a degradação do Cerrado e garantir a sustentabilidade econômica.