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Festa da Paróquia Santo Antônio pode ser declarada patrimônio cultural

19 de Junho de 2023 às 08:45

Começou a tramitar na Alego projeto de lei que declara a Festa de Santo Antônio, da Paróquia Santo Antônio em Goiânia, como patrimônio cultural e imaterial do Estado de Goiás. De autoria do deputado Virmondes Cruvinel (UB), a proposta foi protocolada na Casa como processo nº 939/23 e se encontra atualmente na Comissão de Constituição e Justiça, sendo relatado pelo deputado Issy Quinan (MDB).

“Compreendendo a riqueza e complexidade das tradições e expressões orais, das práticas sociais, dos rituais e eventos festivos, além dos conhecimentos e práticas concernentes à natureza e ao universo, é fundamental destacar que os festejos de Santo Antônio, da Paróquia Santo Antônio em Goiânia, enquadram-se perfeitamente nas categorias de patrimônio cultural imaterial conforme estabelecido pela Unesco”, esclarece Virmondes em suas justificativas.

De acordo com o texto do projeto, a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, adotada em 2003, define o patrimônio cultural imaterial como "os usos, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - com os instrumentos, objetos, artefatos e espaços culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio".

Como explica o autor da iniciativa, no caso específico da festa realizada pela Paróquia Santo Antônio, observa-se que este patrimônio imaterial é transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em resposta ao seu ambiente, sua interação com a natureza e à sua história, proporcionando-lhes um sentimento de identidade e continuidade.  “A riqueza das expressões culturais associadas ao Santo Antônio reforça a identidade e coesão social, além de proporcionar um ponto de conexão entre as diferentes gerações. E a origem da festa se confunde com a própria instalação da Paróquia em Goiânia, que remonta ao ano de 1958, época em que os Capuchinhos assumiram a Paróquia de Santo Antônio de Macambira, criada por Dom Fernando Gomes dos Santos”, acrescenta o deputado.

Virmondes ressalta que, por outro lado, a preservação do patrimônio imaterial não deve ser encarada como um simples exercício de manutenção de tradições passadas, mas como um processo dinâmico que implica em constantes adaptações e mudanças, que respondem aos desafios da atualidade. “Em consonância com as diretrizes da UNESCO, a proteção e promoção do Santo Antônio como patrimônio imaterial deve ser realizada de forma a garantir que as futuras gerações tenham a oportunidade de se envolver com este patrimônio e participar na sua continua evolução”, conclui.

Agência Assembleia de Notícias
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