Da tribuna, Amauri Ribeiro lamenta morte de apoiador de Bolsonaro
Durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 22, o deputado Amauri Ribeiro (UB) usou o Pequeno Expediente para lamentar a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, preso nos atos de 8 de janeiro. “Clezão do Ramalho”, como era conhecido, morreu de mal súbito durante um banho de sol no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2, no Complexo Penitenciário da Papuda, na manhã da última segunda-feira, 20.
Na tribuna, o parlamentar mostrou um vídeo no qual a esposa de Cleriston menciona a inocência do marido. Na gravação, a mulher relata que o homem usava medicação controlada porque sofria de diabetes e hipertensão.
De acordo com Amauri, Cleriston era réu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) o denunciar por cinco crimes. Em setembro, a própria PGR se manifestou pela liberdade do detento, que aguardava uma decisão do ministro relator do processo, Alexandre de Moraes. O caso não chegou a ser analisado pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Que País é esse? Que democracia é essa que nós estamos vivendo? Aqui, eu quero dizer aos nossos senadores e à nossa Câmara Federal, pelo menos a uma maioria deles, que são covardes e são culpados também, porque deixaram que ele morresse covardemente e inocentemente. Esse é o País que eu luto a vida inteira para livrar minha família e meus filhos”, pondera Amauri.
Ordem do Dia
O deputado Amauri Ribeiro (UB) voltou a usar a tribuna, durante a Ordem do Dia da sessão ordinária, desta quarta-feira, 22. Ele reforçou o repúdio pela prisão de pessoas que estavam presentes no ato do dia 8 de janeiro, no Congresso Nacional. De acordo com o parlamentar, são pessoas inocentes, que não cometeram crime algum.
“Alguns são vândalos e merecem ser julgados como tal. Nada mais do que isso. Outros, são inocentes. Centenas foram presos e muitos ainda permanecem”, ponderou. “Cleriston (Pereira da Cunha) foi uma vítima desse absurdo”, acrescentou, ao citar a morte de um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, que morreu de mal súbito durante banho de sol no Complexo Penitenciário da Papuda.
Amauri afirma que a Constituição Brasileira garante que ninguém pode ficar preso por mais de 81 dias, sem ser julgado. “Dentre os patriotas que foram e estão presos, temos mulheres e mães de família. Uma, foi condenada a 14 anos de prisão. Mãe de família que nunca teve passagem pela polícia e simplesmente estava acampada. Temos idosos e pessoas com comorbidades, assim como Cleriston, que morreu porque estava doente, precisava de tratamento e a Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia mandado soltá-lo, mas não fizeram”, pontuou o deputado, com a ressalva de esperar que a Câmara Federal tome providências com relação ao assunto.
O parlamentar solicitou ainda um minuto de homenagem à Cleriston, com a reprodução do louvor patriota de Fernanda Oliver.