A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), por meio da Diretoria de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho, promoveu uma palestra com o tema “Osteoporose - Como lidar com a perda óssea na pós-menopausa”. O evento teve lugar no auditório 1 do Palácio Maguito Vilela, na manhã desta terça-feira, 28, com explanação da ginecologista da Seção de Saúde da Casa, Mariana Melo, e pelo ortopedista Frederico Barra.

A médica anfitriã da Casa abriu a preleção explicando que a osteoporose é uma doença caracterizada pela redução da densidade mineral óssea e pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a um aumento da fragilidade dos ossos e do risco de fraturas. Mariana lembrou que a osteoporose pode ser assintomática até que o paciente apresente uma fratura. “Estima-se que apenas um em cada três pacientes com fratura de quadril seja diagnosticado como tendo osteoporose. Em muitos casos, os indivíduos não recebem o diagnóstico de osteoporose, mesmo após receberem tratamento médico por uma fratura.”

Frederico Barra contou que o intuito da sua palestra era trazer para os servidores informações práticas sobre a prevenção de fraturas osteoporóticas. “Com o envelhecimento da população, essa doença vai aumentar cada vez mais, e existe um risco de a pessoa inclusive ficar com sequelas após a fratura ou até falecer, então, nós temos que prevenir para evitar as consequências no futuro.”

Exames anuais

O ortopedista alertou que, a partir dos 50 anos, deve-se começar a fazer exames anualmente, sendo o principal para detectar a osteoporose a densitometria óssea, também conhecida como DEXA. Ele explicou que esse exame mede a densidade mineral óssea (DMO) e é utilizado para avaliar a força dos ossos e o risco de fraturas. "Assim, conseguimos ver se é necessário repor vitamina D, que é extremamente importante, cálcio, magnésio, minerais ou se é caso quer requer tratamento mais específico.”

Frederico alertou que um dos maiores vilões da doença é o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, e que estar abaixo do peso pode aumentar o risco de perda óssea e fraturas. O médico esclareceu que para aqueles que já têm osteoporose ou estão em alto risco, medicamentos podem ser prescritos para ajudar a prevenir a perda óssea e reduzir o risco de fraturas. Esses medicamentos incluem bifosfonatos, moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs), hormônio da paratireoide e denosumabe, entre outros.

Por fim, o médico reiterou que a prevenção da osteoporose vai além do monitoramento médico regular, envolvendo uma combinação de dieta adequada, exercícios regulares e estilo de vida saudável. “A implementação dessas estratégias desde a juventude pode ajudar a construir uma base óssea forte e reduzir significativamente o risco de osteoporose e fraturas na idade avançada.”