Escola do Legislativo realiza, ao longo do dia, curso para captação de recursos para projetos que beneficiem a sociedade
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por intermédio da Escola do Legislativo, está realizando, ao longo desta segunda-feira, 14, curso de elaboração de projetos com foco na captação de recursos para financiamento de causas e iniciativas de políticas públicas que beneficiem a sociedade. A oficina é direcionada aos servidores do Palácio Maguito Vilela e as vagas remanescentes foram ofertadas a pessoas atuantes em entidades do terceiro setor. O curso é ministrado pela professora Adriana Pereira de Sousa.
Ao iniciar o encontro, a chefe da Seção Pedagógica da Escola do Legislativo, Milena Alves Costa, agradeceu a participação dos servidores e ressaltou que o objetivo era a qualificação de pessoal, fundamental para melhorar a qualidade do serviço no âmbito da administração pública estadual. Na sequência, ela passou a palavra para a professora da oficina.
De início, Adriana apontou em sua explanação que a União e os governos estaduais podem recorrer a entidades privadas para realizar e aplicar políticas públicas. De igual modo, ela ressaltou que entidades do segundo setor buscam o Governo para parcerias, pois entendem a necessidade de atuar junto à sociedade em questões sociais e acrescentou que, para o funcionamento dessa parceria, é preciso contar com a atuação de entidades do terceiro setor, pois em geral elas são as mediadoras nesse processo de parceria público-privado. Assim, ela destacou que é fundamental, sobretudo ao terceiro setor, compreender o que deseja o financiador e o que a sociedade precisa.
Para esclarecimento, a sociedade é dividida em três setores de organização e instituições. O primeiro setor é o da administração pública, envolve todos os órgãos de governo dos três poderes e das esferas federal, estadual e municipal. Já o segundo setor é composto por todas as entidades privadas com fins lucrativos. Por fim, o terceiro setor é aquele que abarca as organizações não governamentais (ONGs) e sem fins lucrativos, geralmente associadas a trabalhos voluntários em prol das pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Não falta dinheiro
“Dinheiro tem e não é pouco. O que falta muitas vezes são bons projetos. Às vezes o projeto é até bom, tem uma iniciativa excelente. Mas ele não é aprovado, porque está mal estruturado ou porque não conversa com a língua de quem quer financiar. E o malabarismo do terceiro setor é entender o que o financiador deseja financiar e o que a sociedade precisa receber. E aí, às vezes, o projeto chega no financiador e recebe um não, porque não está de acordo com os valores que a empresa quer passar para a sociedade. Então, para além da técnica na elaboração do projeto, é preciso entender os dois lados e fazer a ponte”, observou Adriana de Sousa..
A palestrante passou à parte técnica o que é necessário para a elaboração correta de um projeto com o objetivo de captar recursos. Ela discorreu sobre o conceito de planejamento e a importância dele para o desenvolvimento do projeto, as formas de financiamento e as principais fontes de captação de recurso, monitoramento por indicadores, avaliação da execução e resultados e a prestação de contas do projeto.
Após as explicações, a turma realizou diversas atividades para fixação de conteúdo e esclarecimento de dúvidas remanescentes.
O curso é ministrado em turma única, com duração de 8 horas-aula, com início as 8h30 da manhã e término às 16h30, com intervalo para almoço.