Dia do Engenheiro Civil é celebrado em sessão solene na Alego, por iniciativa do deputado Lineu Olimpio
Por proposta do deputado Lineu Olimpio (MDB), o Parlamento goiano homenageou, na noite dessa quarta-feira, engenheiros civis, com entrega do Certificado do Mérito Legislativo a vários profissionais da área. A sessão solene teve lugar no Plenário Maguito Vilela da Casa de Leis. O evento celebrou o Dia do Engenheiro Civil, que é comemorado em 25 de outubro.
Compuseram a mesa diretiva da sessão, além de Lineu Olimpio: o diretor de Projetos e Obras Rodoviárias da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Aluísio Augusto de Almeida Pires, que representou o titular da Pasta, Pedro Henrique Ramos Sales; o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Goiás (Senge), Gerson Tertuliano; o presidente do Clube de Engenharia de Goiás (Cenge), Dolzonan da Cunha Matos; o prefeito de São Luiz do Norte, Elieudes Moraes (UB); o prefeito eleito de Niquelândia, Eduardo Moreira (Novo); o vereador eleito por Anápolis, Ananias Júnior (Agir); e a vereadora eleita por Itaberaí, Neli Gomes (UB).
Em discurso, Lineu Olimpio afirmou que a solenidade, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), celebrava uma das profissões mais importantes para o desenvolvimento da sociedade. O parlamentar traçou um histórico da profissão, desde a Antiguidade, quando a engenharia começou a tomar forma com obras monumentais, como as Pirâmides do Egito e o sistema de irrigação da Mesopotâmia. “Essas civilizações desenvolveram técnicas de construção, cálculo e arquitetura para solucionar desafios da sobrevivência e também da nossa expansão.”
Olimpio afirmou que, ao longo do tempo, a engenharia evoluiu como uma ciência essencial para transformar ambientes muitas vezes não habitáveis ou transitáveis em ambientes integrados e mais humanos. “Dentro de todo esse contexto da Engenharia, os engenheiros civis são mais que construtores de obras físicas, são os responsáveis por transformar ideias em realidade, criando estruturas que não apenas moldam o mundo ao nosso redor, mas também impactam diretamente na qualidade de vida das pessoas.”
Na sequência, o presidente do Senge fez uso da palavra. Ele afirmou que um país, para se desenvolver, precisa investir na formação de engenheiros, assim como fez a China, que se transformou em uma das maiores economias do mundo. Gerson Tertuliano destacou que o país tem perdido mão de obra dos engenheiros, que estão buscando alternativas, porque o mercado de trabalho não absorve os profissionais.
Espaço
Segundo o líder classista, a categoria precisa buscar esse espaço, pois entende que muitas áreas necessitam desses profissionais, como no trânsito, nas indústrias, no saneamento e na construção civil. “Precisamos lutar por esse espaço. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) tem 44 mil filiados. Olha a força que o Crea tem. A gente tem que começar a ocupar o espaço que nos pertence. E, através dessa iniciativa, dessa homenagem de hoje, o deputado Lineu Olimpio está abrindo caminho para que a gente reivindique.”
Em seguida, a gerente de Projetos Estratégicos do Setor Produtivo da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Lívia Almeida, recebeu o Certificado do Mérito Legislativo, para, logo após, discursar em nome dos homenageados da noite. A engenheira pontuou que faria uma abordagem diferente, referindo-se ao fato de que as mulheres são minoria na profissão e que ainda é necessária muita luta para ampliar o número delas na engenharia.
Almeida pontuou que a engenharia civil possibilita uma ampliação de horizontes. “Os cálculos ampliam a capacidade de raciocínio, e as dificuldades da profissão mais a diversidade de assuntos que trabalhamos ao longo da carreira nos fazem pensar que são sonhos concretizados.”
Para ela, a sensibilidade das mulheres, muitas vezes, é confundida com fragilidade. E isso pode ser provado no conselho que ela mesma ouviu, quando escolheu o curso que queria seguir e foi aconselhada a optar por arquitetura, uma área que seria mais adequada para mulheres.
Mas, segundo a engenheira, ela seguiu o sonho, se formou e foi trabalhar em obras rodoviárias, área essencialmente masculina, em que é necessário se impor ainda mais, mas que isso se faz com a presença das mulheres nesses locais, provando sua competência.
Para Lívia Almeida, as mulheres podem e devem exercer a engenharia. “Nós somos ponte para o desenvolvimento, ponte e pilar. Mulheres, vamos incentivar outras a estarem aqui também, nesse lugar.”