A Comissão de Atenção à Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou, na manhã desta sexta-feira, 18, a nona edição do Fórum Gerontológico de Goiás. O encontro teve local no auditório 1 do Palácio Maguito Viela e foi intermediado pelo presidente do colegiado, deputado Ricardo Quirino (Republicanos).

Além do parlamentar, tomaram assento à mesa dos trabalhos o biomédico e gerontólogo Geyzon Melo e a psicóloga e assistente social Karla Lopes, que proferiram palestras no evento.

Ao iniciar o encontro, o parlamentar ressaltou que os conteúdos das palestras eram mais importantes que a quantidade de encontros. “Não importamos com a quantidade de fóruns realizados, mas, sim, com a qualidade daquilo que é passado. E a nossa intenção é que pelo menos uma pessoa saia daqui com a consciência de que a pessoa idosa precisa de cuidados e tem a sua história”, declarou Quirino.

Ele salientou, ainda, que a edição desta sexta-feira abordou dois pontos importantes, sendo eles a nutrição e a educação alimentar e o aprendizado ao longo da vida. “São temas que muito latentes na vida da pessoa idosa. E essa edição do fórum ocorre no mês da pessoa idosa, outubro. Então, nosso objetivo é oferecer esse conhecimento em relação à nutrição e socialização e levar essa mensagem às pessoas. As políticas para a pessoa idosa são essenciais”, encerrou.

Palestras

A psicóloga Karla Lopes falou sobre "Educação continuada: aprendizado ao longo da vida". Ela evidenciou que “pensar o aprendizado ao longo da vida é pensar em aprendizado para a vida toda”. A profissional destacou que as pesquisas mais recentes apontam para um rápido envelhecimento da população e por isso comentou sobre a urgência de políticas públicas em relação ao tema.

“Quando a gente olha para os dados, fica evidente que a população está envelhecendo. E a questão é pensar em como essa população está envelhecendo e os desafios para essa educação continuada, tendo em vista esse envelhecimento crescente da população, os encontros intergeracionais, nos espaços de trabalho, e educacionais, pois, cada vez mais, as pessoas idosas estarão ocupando esses espaços”, apontou.

Segundo ela, a população de idosos brasileiros será de 68 milhões de pessoas até 2050. “É preciso convocar os agentes políticos e a sociedade civil para preconizar o que está posto na legislação brasileira e criar ações e meios para a inserção e permanência das pessoas idosas nesses espaços. Nós demoramos muito para pensar nesse tema, e agora é correr atrás, pois, nessa velocidade em que a população está envelhecendo, as políticas públicas atuais não são suficientes”, encerrou.

O biomédico Geyzon Melo explanou sobre saúde e educação alimentar. Ele ressaltou que falar de saúde é essencial, sobretudo com a população idosa. “A saúde faz parte da composição do corpo humano. Se há déficit de nutrientes, isso acarretará uma série de problemas de saúde. Por isso é preciso difundir o conhecimento e levar as informações para a sociedade em geral, pois todos iremos envelhecer e é preciso pensar na alimentação saudável e balanceada para assegurar uma velhice saudável”, observou.  

O profissional também destacou que em geral as pessoas associam o envelhecimento com o surgimento de doenças, mas ponderou que não são sinônimos. “O envelhecimento é um processo natural do corpo humano, e o que assegura esse processo de modo saudável é englobar todas essas práticas”, encerrou.

As aposentadas Ana Lucia, Maria Ilza e Sueli Pereira são amigas e participaram do evento. Elas ressaltaram a importância de adquirir o conhecimento necessário para garantir a longevidade. Entre as práticas relacionados ao envelhecimento saudável, elas disseram que frequentam palestras como a promovida pela Comissão de Atenção à Pessoa Idosa da Alego, mas também praticam a socialização em espaços de lazer como parques e salões de dança.