Bia de Lima faz discurso em defesa dos professores
Na tarde desta terça-feira, 22, a deputada Bia de Lima (PT) utilizou a tribuna durante o Pequeno Expediente da sessão deliberativa ordinária, no Plenário Iris Rezende Machado do Palácio Maguito Vilela, para reforçar sua defesa em prol da educação e dos professores da rede estadual. Em seu discurso, a parlamentar, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), destacou as dificuldades enfrentadas pela categoria e criticou duramente o projeto que está em tramitação na Casa.
Bia de Lima iniciou sua fala reconhecendo a presença de diversos professores e professoras no Plenário e ressaltou a importância da luta pela educação. "Nos honra a presença de cada professor e professora que vieram de todos os lugares do nosso Estado para aqui pedir a cada deputado e deputada desta Casa clemência, misericórdia, coragem para defender a educação", declarou.
A deputada destacou que, desde o início da tramitação do projeto, a busca por diálogo tem sido uma constante, mas, segundo ela, sem sucesso. "Tentamos o diálogo de todas as maneiras. Aliás, estamos buscando ter o diálogo muito antes da matéria aqui chegar, justamente para evitar que esses dissabores pudessem ser pautados", lamentou a parlamentar.
Entre as críticas mais contundentes ao Governo Estadual, Bia de Lima relembrou a perda de direitos dos profissionais da educação nos últimos anos, como o fim do quinquênio, da licença-prêmio e da aposentadoria especial. "Todo dia é pensando como é que tira um direito mais da nossa categoria", afirmou.
Outro ponto abordado pela deputada foi a questão da gratificação de regência, que, de acordo com o projeto, seria retirada dos professores que adoecessem e precisassem se afastar temporariamente. "Agora, se você adoecer, perde a gratificação de regência. Se não é maldade, me diga que nome se dá a uma coisa dessa?", criticou.
A parlamentar também mencionou que, apesar de algumas garantias, como a manutenção das 20 horas para os professores, o projeto, como um todo, não pode ser considerado um verdadeiro plano de carreira. "Esse projeto é, sim, um pacote de maldades. Não tem outro nome, infelizmente", concluiu Bia de Lima.