Parlamento goiano homenageou, nesta 3ª-feira, os 55 anos da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás
O deputado Issy Quinan (MDB) realizou, na manhã desta terça-feira, 5, sessão solene extraordinária para celebrar os 55 anos da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (Aflag), reconhecendo a contribuição da entidade para a promoção da cultura, literatura e artes locais nestes anos, além de valorizar o papel fundamental na preservação da história e das artes no Estado.
Além do parlamentar, compuseram a mesa diretiva: a presidente da Aflag, Elizabeth Abreu Caldeira Brito; a procuradora de Justiça e acadêmica da Aflag Ivana Farina Navarrete Pena; o presidente do Instituto Cultural Bernardo Elis, Nilson Jaime; o presidente da Associação de Egressos da Universidade Federal de Goiás (UFG), Eliomar Pires; a presidente da Eco Academia de Letras, Ciências e Artes, Heloisa Bufáiçal Brandão.
Também fizeram parte da mesa a presidente da Academia Corumbaense de Letras, Artes e Músicas, Ana Ruth Fleury Curado, que representou também a Associação Goiana de Imprensa (AGI); a diretora da Associação Nacional dos Membros das Carreiras da Advocacia-Geral da União, Márcia Ribeiro; e a representante da Comissão de Heteroidentificação da UFG, Maura Campos Domiciana.
Ao iniciar seu pronunciamento, Quinan destacou a trajetória da entidade como “um farol iluminando o caminho para o reconhecimento e valorização das vozes femininas na literatura e nas artes” em Goiás. Segundo o parlamentar, a Aflag não é apenas uma instituição, mas um verdadeiro símbolo de luta, força e resiliência das mulheres goianas.
A celebração dos 55 anos da academia também foi marcada pelo reconhecimento do impacto coletivo das mulheres que integram a Aflag, que têm contribuído para o enriquecimento cultural do Estado. O legislador expressou seu apoio irrestrito à academia e seu compromisso com o fortalecimento da arte e da cultura, promovendo um ambiente onde cada mulher possa se sentir livre para expressar seu talento.
História
Em seguida, a presidente da Aflag destacou a história da instituição e a luta inicial das mulheres que a compunham. Ela agradeceu a homenagem e disse ser uma honra estar sendo recepcionada na Casa quando algumas das integrantes da academia vão receber valoroso certificado, tributo que é ofertado apenas uma única vez a personalidades de destaque em Goiás. A acadêmica lembrou que hoje é dia para comemorar a fundação e os 55 anos da entidade e, também, é Dia Nacional da Cultura, um dia para relembrar o escritor Machado de Assis (1839-1908).
O oradora falou que ao longo desses anos as integrantes da Aflag enfrentaram desafios contínuos que foram sendo superados desde a criação da academia, dando voz às mulheres goianas, acabando com a exclusão e supremacia masculina.
Ela recordou que, em 1959, Rosarita Fleury (1913-1993), apesar de muito premiada, foi impedida de entrar na Academia Brasileira de Letras (ABL). "Então Rosarita criou uma academia que pudesse dar visibilidade às mulheres em Goiás, colocando em destaque as artes, a música e a literatura."
Após a sua fala foi exibido um vídeo sobre a história da Aflag e declamados poemas por seis acadêmicas que a compõem. Em seguida, ocorreu uma apresentação musical da cantora Sônia Marise Teixeira Silva de Souza Campos, acompanhada da pianista Ângela Coelho.
Documentário
Os participantes da sessão puderam ver o documentário "O Tempo Que Nos Habita", da cineasta Simone Caetano, que celebra o legado e a trajetória de mulheres na Aflag. A diretora expressou o orgulho e a honra de conhecer de perto as integrantes da academia, que ela descreveu como “mulheres corajosas que abriram portas para todas nós”.
O documentário, com duração de 30 minutos, narra a história da Aflag e de oito artistas acadêmicas, revelando os desafios e conquistas das mulheres que formam a identidade cultural de Goiás. A obra reflete sobre o poder transformador da arte e destaca o papel fundamental dessas mulheres na preservação e valorização da cultura goiana.