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Bia de Lima questiona o encerramento de contratos temporários de professores em Goiás

05 de Novembro de 2024 às 15:20

Na tarde desta terça-feira, 5, durante o Pequeno Expediente da sessão deliberativa ordinária realizada no Plenário Iris Rezende Machado, do Palácio Maguito Vilela, a deputada Bia de Lima (PT) ocupou a tribuna para expressar seu descontentamento e preocupação com a decisão da Secretaria Estadual de Educação de encerrar contratos temporários de professores, antes do término do ano letivo.

A parlamentar, que também preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), expôs o impacto negativo que a medida trará para a conclusão das atividades escolares em 2024. “É um absurdo do tamanho do mundo. Nós não podemos admitir a finalização dos contratos temporários sem a finalização do ano letivo”, declarou Bia, argumentando que a interrupção abrupta desses contratos comprometerá o planejamento escolar e prejudicará milhares de estudantes que estão na reta final de cumprimento dos 200 dias letivos obrigatórios.

A deputada destacou que a decisão, comunicada por ofício às escolas com um prazo de 30 dias para encerramento dos contratos em 30 de novembro, está sendo imposta sem considerar o impacto para os professores e alunos. “Esses estudantes vão ter aula com quem? Com quem esses estudantes terminarão seus estudos no final do ano letivo?”, questionou.

Outro ponto abordado por Bia foi o impacto financeiro da decisão, indicando que a antecipação do encerramento dos contratos visa a evitar o pagamento de abonos previstos para o final do ano. “É para não pagar aquilo que é de direito legítimo aos professores?”, questionou, considerando a medida arbitrária e prejudicial aos trabalhadores da educação, que, em muitos casos, atuam há mais de uma década sob contrato temporário.

A deputada Bia de Lima também chamou atenção para o risco de queda na qualidade do ensino, com a redução das aulas no turno noturno e a diminuição da carga horária em escolas de tempo integral. “A minha preocupação, como professora, é imensa, principalmente com os professores que estão sendo demitidos”, enfatizou, pedindo intervenção do Ministério Público e apoio dos deputados, especialmente da base governista, para que a medida seja revista.

Ao concluir seu discurso, a parlamentar fez um apelo para que o Governo do Estado priorize o bem-estar dos alunos e professores. “É inadmissível deixar os estudantes de Goiás sem professores, sem aula, durante quase 18 dias”, finalizou a deputada.

Agência Assembleia de Notícias
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