Funai retrata reivindicações dos povos indígenas em Goiás
Administrador Regional da Funai, Edson Beriz destacou que “os índios não tem muito o que comemorar”. “Muitas comunidades indígenas ainda não tem terra para morar”, lamentou durante audiência pública que discute resistência e afirmação cultural indígena em Goiás, na manhã desta quinta-feira, 23, promovida pela Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Mauro Rubem (PT).
A Funai é responsável por estabelecer as diretrizes e garantir o cumprimento da política indígena no País.“A Funai tem conquistado avanços. Hoje, no Brasil há mais de 400 mil índios, que ocupam 12, 67% dos territórios. São 215 povos indígenas, que possuem 180 línguas distintas”, destacou.
Segundo Edson Beriz, há índios de três grupos étnicos indígenas: Karajás, Tapuias e Avá Canoeiro. O administrador da Funai ressaltou algumas das necessidades dos povos indígenas no Estado. Edson Beriz destacou que as principais reivindicações dos indíos no Estado são o reconhecimento da categoria de professor indígena, realização de concurso público especifico, contratação de professores indígenas, atendimento específico através dos programas do MEC (transporte escolar, merenda escolar, aquisição de livros didáticos e outros), apoio às roças, garantindo segurança alimentar, produção de mel e leite, apoio as associações indígenas, cursos de capacitação para os indígenas, além das ações de proteção as terras indígenas, como a fiscalização preventiva, coibindo a caça, pesca, extração ilegal de madeira e invasão de terras indígenas e o combate a retirada ilegal de madeira.