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“Brasil é campeão de produção e consumo de anfetamina” diz endocrinologista

25 de Maio de 2009 às 18:12

O presidente da Associação de Endocrinologistas de Goiás, Elias Hanna, disse em audiência pública que discutiu o uso abusivo de prescrições médicas e medicamentos controlados, que o Brasil é o País campeão em produção, consumo e importação de drogas anorexígenas e anfetaminas de todo o mundo.

Elias explicou que obesidade é uma doença multilateral (que não possui um único tratamento), e que aflige mais de 43% das pessoas adultas no Brasil, onde muitas delas são tratadas com drogas anorexígenas, como as anfetaminas, que atuam na inibição do apetite. “Apesar não haver somente um tratamento, o consenso que se chegou mundialmente é de que a melhor forma é uma mudança de vida e de hábitos alimentares” incluiu o endocrinologista.

”No Brasil existem três tipos de anfetaminas, e quanto maior as doses tomadas, maior é o aumento da tolerância do corpo, o acaba por gerar uma dependência química. Por isso criou-se no País a Resolução 2007, que disciplina o uso dessas drogas, impondo regras como não tomá-las junto com outras drogas que agridam o corpo, como remédios para tireóide ou laxantes, e prescrição de uso para um máximo de 30 dias” acrescentou Hanna.

O médico continuou dizendo que essa resolução fez reduzir a emissão de prescrição para essas drogas, mas que com isso notou-se que alguns profissionais estavam usando abusivamente dessas prescrições. “A Sociedade Brasileira de Endocrinologia apoia a Resolução 2007, e mais que isso, luta pela não utilização dessas drogas no Brasil, uma vez que foi comprovado que o tratamento não funciona efetivamente, já que se estima que em 2020 um terço da população adulta brasileira esteja obesa”.

A audiência pública, realizada no auditório Solon Amaral, foi coordenada pelo deputado José Nelto (PMDB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor.

 

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